Um estudo realizado pelo Instituto DataFolha em dez capitais brasileiras revela que mais de metade da população ainda não ouviu falar do quinto tipo de cancro mais frequente no mundo: o linfoma, noticia o site Bibliomed.
Quando perguntados se já ouviram falar sobre a doença, somente 49% afirmaram que sim.
Em 2008, o mesmo estudo mostrava que 66% da população nunca tinha ouvido falar deste cancro, que ocorre no sistema linfático, um dos responsáveis pela defesa natural do organismo contra as infecções.
Isto mostra um aumento de 15% no número de pessoas que já conhecem a doença. Além disso, o conhecimento sobre os sintomas da doença também aumentou: em 2008, 89% das pessoas que sabiam o que era o linfoma não conheciam os sintomas; e, no estudo actual, essa percentagem baixou para 71%.
“Além de campanhas de consciencialização realizadas por associações médicas, o facto da então Ministra da Casa Civil e actual candidata à presidência, Dilma Roussef, ter sido diagnosticada com a doença foi importante para que os seus sintomas tenham sido disseminados pelos media, gerando maior conhecimento”, afirma a médica Adriana Scheliga, do Instituto Nacional de Câncer do Brasil (Inca).
Outro dado importante do estudo é que, assim como em 2008, 66% dos entrevistados acreditam que a leucemia é um cancro mais frequente do que os linfomas.
“Esta percepção é equivocada, pois muitos estudos afirmam que os linfomas são até seis vezes mais frequentes do que a leucemia”, completa a especialista. De acordo com dados do Inca, são mais de 3 mil mortes por ano por causa da doença, o que corresponde a uma média de oito óbitos por dia.
Falta de informação
Apesar do aumento no conhecimento sobre a doença, o público ainda sente falta de informações gerais sobre o linfoma.
Em 2008, 27% das pessoas queriam saber mais sobre a doença, enquanto que no estudo actual este número sobe para 32%. Cerca de 23% querem saber qual é a causa e como se desenvolve, enquanto 21% querem saber mais sobre os sintomas da doença.
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