Um estudo da Unversidade de Wisconsin, nos EUA, criou um modelo, com placas de laboratório, para observar de que forma as células do tecido sanguineo podem desenvolver leucemia.
O segredo é a "regressão" das células cancerígenas adultas a um estágio embrionário, com uma técnica conhecida como células estaminais pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês). O estudo foi divulgado na publicação científica Blood na passada sexta-feira, escreve o site noticioso da Globo, o G1.
Segundo os autores da investigação, é a primeira reprogramação de células sanguíneas obtidas a partir de um paciente com leucemia. Com a técnica, os cientistas, liderados por Igor Slukvin, conseguiram transformar células doentes em estruturas pluripotentes, que podem gerar qualquer tipo de tecido.
A paciente tinha leucemia mieloide crónica. Como qualquer tipo de leucemia, a doença tem origem na região da medula óssea, responsável pela produção de glóbulos brancos, estruturas responsáveis pela defesa do organismo.
Novo modelo
Trata-se de um novo modelo para o estudo de células cancerígenas. Outra virtude do trabalho é a manipulação de células da medula óssea e do cordão umbilical para obter células estaminais induzidas. Normalmente, o material escolhido para a reprogramação são células adultas da pele.
O autor do estudo explica que as células induzidas a um estágio embrionário também possuiam as mesmas alterações genéticas das células cancerígenas adultas, o que permitiu aos cientistas a reprodução da doença em placas de laboratório e um acompanhamento detalhado do avanço da patologia.
O próximo passo é saber identificar novas formas de tratamento como, por exemplo, a eliminação de genes responsáveis por desencadear a multiplicação exagerada de células.
O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), agência federal de investigação médica nos EUA, e pela Fundação Charlotte Geyer.
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