sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FOB - A odontologia aliada no tratamento do câncer



Por Patrícia Kerges, mestranda em Estomatologia pela FOB-USP

Atualmente o câncer de boca é considerado um problema de saúde pública. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para 2014 eram esperados 15290 novos casos de câncer de boca e orofaringe no Brasil, dos quais 11289 em homens e 4010 em mulheres.

O principal fator de risco continua sendo o tabaco que aliado ao álcool tornam-se mais potentes nessa função. Porém novos hábitos e costumes da população tornou também o HPV como um fator de risco considerável, assim como aqueles já conhecidos, como histórico familiar, má alimentação, inflamação crônica da laringe devido à refluxo esofágico, exposição a produtos químicos, fuligem ou poeira de carvão e etc. 

Os tratamentos de diversos cânceres têm se tornado complexos, em especial os que envolvem áreas de cabeça e pescoço, isso porque dependem de uma demanda multidisciplinar de profissionais que envolvem desde médicos, patologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, odontólogos, fonoaudiólogos e até psicólogos, trabalhando em conjunto desde o plano de tratamento até o acompanhamento final desses pacientes. 

A chave para um bom prognóstico é sem dúvida o diagnóstico precoce, ou seja, quanto antes detectada a doença maior a chance de cura. Em fases iniciais o tratamento é feito por radioterapia e/ou cirurgia. Em fases avançadas da doença é necessário lançar mão de mais recursos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Já em casos de recorrência ou metástases a abordagem é a quimioterapia sistêmica.

Sabe-se que toda essa terapêutica (quimioterápica e radioterápica) agem de forma agressiva afetando não só células cancerígenas com também células saudáveis. Entre essas células estão as responsáveis pelas ações no trato digestivo, no sangue e as células que promovem o crescimento do cabelo, por isso reações como queda de cabelo, feridas na boca (mucosite), náusea, dores e vomito são comuns.

Com base na literatura e na realidade vivida hoje por esses pacientes, a Clínica Multidisciplinar da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) deu início às suas atividades em Março de 2013, com o foco no atendimento de pacientes oncológicos e transplantados. Seu principal objetivo é a pesquisa e extensão, atuando de forma aditiva, para que esses pacientes tenham uma melhor qualidade de vida durante todo esse processo. 


A equipe da Clínica Multidisciplinar conta com 4 docentes da FOB-USP, 2 Cirurgiões, Dentistas, 4 Fonoaudiólogos, 1 Nutricionista e 1 Fisioterapeuta, além de alunos da Pós-Graduação sob a coordenação do Prof. Dr. Paulo Sérgio da Silva Santos. Dessa forma promovem atendimento multidisciplinar realizando procedimentos odontológicos em geral (endodontia, cirurgia, periodontia, prótese), acompanhamento nutricional, fonoaudiológico e com fisioterapeuta, sem custos à população. 

A laserterapia é realizada baseada na literatura como uma forma de prevenção e também alívio da mucosite bucal que é decorrente de alguns agentes quimioterápicos utilizados em alguns tratamentos de cânceres e pacientes transplantados de medula óssea.

Os pacientes atendidos nessa clínica vêm encaminhados de centros de referência como Hospital Amaral Carvalho de Bauru e Hospital Estadual de Bauru, porém centros da região têm também encaminhado seus pacientes para atendimento.

Portanto a Clínica Multidisciplinar possibilitou além do crescimento da pesquisa na área de pacientes oncológicos, de tal forma a promover maior conhecimento de pós graduandos e graduandos sobre o manejo desses pacientes, como também deu acesso aos pacientes oncológicos e transplantados a terapêuticas que antes eram inexistentes na região de Bauru.

Mais informações: (14) 3235-8667

Chance de achar doador compatível de medula óssea é 1 em cada 100 mil



Doar medula óssea é muito simples e pode ajudar a salvar uma vida. Apesar da facilidade de doação e cadastro, as chances de encontrar doador compatível ainda é pequena. Por isso, a importância de aumentar as doações.
O Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) completa nesta terça-feira (25), 500 transplantes de medula óssea. O paciente número 500 é um menino de cinco anos de idade, que vai fazer o transplante nesta terça em São Paulo.
Achar um doador de medula óssea compatível é difícil. Um em cada cem mil. Por isso, quanto mais pessoas se colocarem à disposição, mais fácil fica e fazer isso é tranquilo. A pessoa vai a um hemocentro para se cadastrar. O pessoal coleta o seu sangue, e se em algum momento for preciso, chama a pessoa para doar a medula. É muito importante manter o cadastro sempre atualizado.
“O cadastro é mundial, mas é muito importante que cada pais tenha em seu cadastro um numero cada vez maior de candidatos por questões hereditárias genéticas regionais. No Brasil temos uma miscigenação muito grande negros amarelos e brancos. Isso faz com que a característica genética da nossa população seja diferente da população mundial”, explica Carlei Heckert Godinho, coordenadora do Banco de Sangue do Hospital Geral de Guarulhos.
O Carlos Daniel Ferreira tem só cinco anos e fará o transplante nesta terça-feira. Quando tinha três, os pais descobriram que ele estava com leucemia.
O Carlos Daniel vai conseguir fazer um transplante de medula óssea graças a um doador que veio de Barcelona, na Espanha. No caso dele, a doação veio de um banco de cordão umbilical, que é mais usado em crianças.
“A busca foi feita pelo Redome e Rereme, nacional e internacional. Como ele é criança pequena foi encontrado um cordão compatível com uma célula de boa, e que é o que vai dar melhor chance de cura e melhor qualidade de vida para ele a longo prazo”, explica o médico Victor Zecchin, coordenador de transplante de medula óssea do GRAAC.
Daqui a mais ou menos um mês, vai ser possível saber se o transplante do Carlos Daniel deu certo e se tudo correr bem, vai ser o melhor presente de aniversário que ele poderia ganhar. O Carlinhos faz seis anos no dia 7 de setembro.
“Uma vida diferente se Deus quiser vai ser tudo normal. Poder ver ele brincar, a maioria do tempo passa no hospital. Mais do que ele já é”, fala a mãe de Carlos, Rayanne Ferreira.
Fonte Jornal Hoje

Campanha para doação de medula óssea têm apoio de artistas no ES


Artistas e lutadores participaram da campanha que tomou as redes socias em apoio ao capixaba Homero de Castro que espera por um transplante de medula óssea na Serra, região da Grande Vitória, no Espírito Santo.

Homero de Castro têm 34 anos, é analista de sistemas e luta contra o câncer de medula óssea. Segundo o irmão dele, Marcelo de Castro, o analista tem um tipo de câncer raro. Ele ainda não encontrou um doador.

"O ideal é achar alguém 100% compatível", contou Marcelo que fez o teste, mas apresentou 80% de compatibilidade com o irmão, o que significa um risco de rejeição muito grande.

Para incentivar o cadastro, cantores como Tuca Fernandes e  Michel Teló e atletas como Anderson Varejão, Popó e Erick Silva enviaram vídeos com a #TamoJuntoHomero.

"Queria pedir para a galera fazer o cadastro no banco de medula. Eu já fiz o meu, faça o seu também", disse o sertanejo Michel Teló em vídeo. O lutador capixaba Érick Silva reforçou o pedido: "A gente precisa ajudar realmente quem tá precisando".

No Espírito Santo são 10 mil doadores cadastrados, mas esse número ainda é pequeno. Quanto maior o número de pessoas registradas no cadastro, maiores são as chances de se encontrar alguém compatível com os pacientes.

O próprio Homero gravou um vídeo no hospital, chamando as pessoas para se registrarem no Cadastro Nacional de Medula Óssea. "Façam o cadastro. A minha vida e a de muitas pessoas dependem de vocês", destacou o paciente.

Os interessados em serem doadores devem procurar o hemocentro mais próximo. No estado são cinco pontos de cadastro: São Mateus, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Serra e Vitória. O doador preenche um cadastro e é recolhida uma amostra de sangue.

As amostras são enviadas para análise e ficam registradas em um banco nacional de doadores. "A identidade genética de quem está precisando e quem está doando vai se comunicar e dizer se é ou não compatível", explica Rosemary Erlacher, Coordenadora da Central de Transplantes.

A coordenadora ainda conta que os transplantes não são feitos no Espírito Santo, é necessário realizar o procedimento em outros estados da federação.

"Se o paciente não puder ir por meios próprios ele pode procurar as superintendências regionais e dar entrada em um requerimento solicitando que o estado arque com suas despesas de passagem e estadia neste local onde ele está fazendo o tratamento", explica Rosemary.

Márcio Pereira é doador de medula, e destaca a importância de ajudar o próximo: "Temos que fazer o bem, sem olhar a quem".

Para o pessoal do ES seguem alguns pontos de cadastro!

Cadastro pode ser realizado em unidades do Hemoes
O cadastro de doador de medula óssea pode ser realizado por qualquer pessoa entre 18 e 55 anos que esteja com boa saúde. O cadastro pode ser feito em qualquer unidade do Hemoes.

Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes)
Tel. 3636-7900/7920/7921- Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe, Vitória. Funciona de segunda-feira a sábado, das 07 às 17h30.

Unidade de Coleta a Distância da Serra
Tel. 3338-7880/3338-7373. Avenida Eudes Scherrer Souza, s/n (anexo ao Hospital Estadual Dório Silva). Funciona de segunda-feira a sexta-feira das 7 às 12h30.

Hemocentro de Linhares
Tel. (27) 3171-4361/4363/4362 - Avenida João Felipe Calmon, 1.305, Centro (ao lado do Hospital Rio Doce). Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Hemocentro Regional de Colatina
Tel. (27) 3177-7930 - Rua Cassiano Castelo, s/n, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Hemocentro Regional de São Mateus
Tel. (27) 3767-4135 - Rodovia Otovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Paciente de 21 anos com leucemia faz apelo por mais doadores


Em meio ao tratamento de quimioterapia para curar a leucemia, a jovem Perla Beatriz Rivas, de 21 anos, ainda não sabe se vai precisar de um transplante de medula óssea para curar o câncer que surgiu há um ano, mas conhece a importância da doação e entende que o gesto salva vidas. “Quando eu me curar, vou ser doadora de medula, de órgãos, de tudo”, garante.
O apelo de Perla é necessário por causa da complexidade da doença. Quando um paciente que tem leucemia não consegue a cura com quimioterapia e radioterapia, o transplante de medula óssea se torna necessário. E quando não existe um doador aparentado (um irmão, pais ou parentes próximos), o jeito é procurar doador compatível no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Segundo a coordenadora de transplantes de Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), “o processo do transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de medula saudável”.
Cerca de 1,5 mil brasileiros aguardam na fila para fazer esse procedimento, uma vez que a espera para o transplante é nacional. Conforme o Redome, 70 centros para transplantes de medula óssea estão espalhados em todo o País. Apesar de nenhum deles estar instalado em Mato Grosso do Sul, o cadastro de doadores nas cidades aqui do Estado é importante para aumentar a lista de aproximadamente 130 mil possíveis doadores em todo o Brasil.
“Nós não realizamos transplante de medula óssea no nosso Estado, portanto os pacientes que precisam desse procedimento vão para outros estados por meio do Tratamento Fora do Domicílio. As despesas são pagas pelo SUS. Se o doador for de Mato Grosso do Sul, ele vai até onde estiver o receptor, também com tudo pago pelo SUS”, explica Claire.
Para se cadastrar como doador de medula óssea e ajudar pacientes com leucemia é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade de ter boa saúde. A pessoa deve procurar o hemocentro (em Campo Grande o Hemosul fica na Avenida Fernando Côrrea da Costa, 1304) para passar por uma entrevista e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Depois disso, os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.
Perla, que conhece outros pacientes com leucemia, tem o discurso pronto. “Temos que ajudar o próximo e nos conscientizar mais. Todo mundo passa por dificuldades e a gente nunca sabe o dia de amanhã. Eu mesma nunca pensei em ter leucemia e passar pelos problemas que passei”, disse ela, que era doadora de sangue antes de descobrir a doença.
A jovem, que trabalhava e estudava Engenharia Civil, teve os sonhos adiados para seguir o tratamento. Mas a crença na cura a fez alimentar um novo sonho, o de ajudar novas pessoas.
(fonte: idest.com.br) 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Longe - Arnaldo Antunes



Onde é que eu fui parar?
Aonde é esse aqui?
Não dá mais pra voltar
Por que eu fiquei tão longe?
Longe...

Onde é esse lugar?
Aonde está você?
Não pega celular
E a terra está tão longe
Longe...

Não passa um carro sequer
Todo comércio fechou
Não tem satélite algum transmitindo
notícias de onde eu estou

Nenhum email chegou
Nem o correio virá
E eu entre quatro paredes sem porta
ou janela pro tempo passar

Dizem que a vida é assim
Cinco sentidos em mim
Dentro de um corpo fechado
no vácuo de um quarto no espaço sem fim



Aonde está você?
Por que é que você foi?
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe
Longe...

Não dá mais pra voltar
E eu nem me despedi
Onde é que eu vim parar?
Por que eu fiquei tão longe?
Longe, longe, longe, longe
Longe, longe, longe

Seis, cinco, quatro, três, dois, um.

Clip Oficial:


Com leucemia, garoto de 5 anos procura doador compatível de medula óssea




No quarto de Lucas Alexandre, 5 anos, os planetas estão ao alcance das mãos e dos olhos. Ali, não é preciso telescópio para admirar Vênus, Netuno ou Saturno. As estrelas também estão sempre por perto. Como quase toda criança da idade dele, o menino adora as brincadeiras no computador. O desenho preferido é o da Peppa. E, na hora de matar a fome, nada melhor do que farofa de ovos, bife e macarrão. Mas, diferentemente das outras crianças, Lucas Alexandre não desce para brincar no pilotis com outras crianças e está afastado da escola. Os almoços e os passeios no shopping também estão temporariamente suspensos. Restrições imprescindíveis para que ele siga com o tratamento contra a leucemia. Há cerca de dois meses, o garoto entrou na fila de transplante de medula óssea, única chance de ele voltar a ter uma vida saudável.

A descoberta da doença foi há cerca de 2 anos, quando a mãe percebeu manchas roxas pelo corpo, acompanhadas de febre. Na emergência, o médico pediu um exame de sangue. O resultado revelou que as plaquetas de Lucas Alexandre estavam muito baixas: 24 mil, quando o normal é acima de 140 mil. A taxa de leucócitos, normalmente, fica em até 10 mil. Mas a dele estava em 45 mil. “No mesmo dia, ele foi para a UTI porque não tinha defesa imunológica nenhuma e corria sério risco de hemorragia. O diagnóstico foi confirmado após a biópsia da medula óssea. Ele tem leucemia linfoide aguda (LLA), a mais comum em crianças e a que apresenta chance de 70% a 80% de cura (em criança) só com quimioterapia”, conta a mãe do menino, a professora Fabíola Gomes, 37 anos.

As sessões de quimioterapia terminaram em novembro do ano passado, e a família estava confiante na recuperação de Lucas Alexandre. Ele voltou a ter uma vida normal: passou a frequentar festinhas, almoçava em restaurantes e até foi para a escola. Mas, em maio, em uma consulta de rotina, o médico percebeu que um testículo estava menor que o outro. “Ele teve uma recaída. Os exames mostraram que as células cancerígenas estavam novamente na medula, além de se alojarem no testículo. Foi um choque pra toda a família”, relembra a mãe.

Cristiane e o marido, o servidor público Ricardo Alexandre Pinheiro de Oliveira, 40, partiram para São Paulo e ouviram dos médicos que a indicação para Lucas era o transplante de medula óssea. Isso porque ele teve uma recaída precoce e combinada (medula e testículos). Lucas Alexandre voltou a fazer os ciclos de quimioterapia e também está mais recluso. Não pode correr o risco de adoecer. Quando não restar nenhuma célula doente em seu organismo, ele estará pronto para se submeter ao transplante. Até lá, precisa encontrar um doador que seja 100% compatível. Em uma rede social, a família pede ajuda e divulga campanhas de outras pessoas na mesma situação.

Solidariedade
A chance de encontrar um doador compatível é de uma em 100 mil (leia Para saber mais). Hoje, faz 93 dias que Michel Maruyama, 32, se submeteu a um transplante de medula. A história dele foi contata e acompanhada pelo Correio Braziliense. Ontem, a irmã de Michel, a publicitária Cristiane Maruyama, 31, estava em Curitiba para visitá-lo. “Ele ainda está no período de isolamento, que dura 100 dias. As visitas são restritas. Ele só se alimenta de comida fresca e preparada em casa. Toda semana tem consulta médica. E os exames apontam que 100% do sangue que corre em suas veias tem o DNA do doador. “Isso revela que o transplante foi um sucesso”, comemora Cristiane.

Com o olhar de quem enfrentou tudo ao lado do irmão e agradece o sucesso do transplante graças a um anônimo que se dispôs a doar a medula, Cristiane agradece: “Quando se descobre que a vida da pessoa que você ama depende de um transplante, é um baque. Quando se descobre que, na família, não há nenhum doador compatível é muito difícil. Uma das coisas mais bonitas nisso tudo, além da força do Michel, foi perceber que as pessoas são capazes desse ato de solidariedade. Isso faz você recuperar a fé na humanidade”.

Michel e a família não sabem quem salvou a vida dele. Isso porque o cadastro mantém sigilo tanto de quem doa quanto de quem recebe. Se daqui a 2 anos as duas partes concordarem, eles poderão se encontrar. “Só espero um dia conhecer essa pessoa e poder agradecer”, completa Cristiane.

Quanto mais rápido Lucas Alexandre conseguir um doador compatível, maiores são as chances de recuperação dele. E logo ele voltará a ter uma vida semelhante à de qualquer outra criança de 5 anos: repleta de festinhas, amigos da escola e joelhos ralados pelas brincadeiras nos parquinhos.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2015/07/12/interna_brasil,586122/com-leucemia-garoto-de-5-anos-procura-doador-compativel-de-medula-ossea.shtml

Faça uma boa ação e ganhe um disco de vinil em SP


Por: Camila Juliotti
portalweb@diariosp.com.br
Mesmo na era da tecnologia,  com a facilidade de acesso à música com os MP3 players, os aplicativos de música no celular e os downloads na internet, há quem não troque por nada o bom e velho disco de vinil. 
Para incentivar essa cultura, que nunca sai de moda, e comemorar o Dia Internacional do Rock – celebrado nesta segunda-feira –, o Casarão do Vinil lançou a campanha Casarão do Rock Solidário.
A ação incentiva a doação de agasalhos ou de 1 kg de alimento em troca de 2 LPs de brinde. Além disso, quem doar sangue ou medula óssea e levar o comprovante até o Casarão pode escolher  10 discos para levar pra casa. E olha que tem opções de sobra para todos os gostos: Adoniram Barbosa, Elvis Presley, Tim Maia e até discos de marchas alemãs.

“A gente já tinha feito essa ação no ano passado e repercutiu legal com a doação de sangue. Este ano também incluímos a doação de medula”, explica Silvio Piu, um dos organizadores do espaço. “A pessoa vem, doa uma blusa, vê um disco do Elvis e leva de presente para alguém. É um chamativo para a pessoa conhecer o local, ajudar quem precisa e ainda virar um cliente”, completa Piu.

A ideia da campanha partiu de Manoel Jorge Dias, proprietário do local, que abriga um acervo de cerca de 700 mil títulos, entre LPs compactos, de 78 rotações, de 10 e 12 polegadas e laserdiscs.
“Era inverno, estava muito frio, então ele pensou em unir o útil ao agradável: ajudar quem precisa e também incentivar a cultura do LP. Dizem que o vinil saiu de cena e está voltando agora. Para mim, ele sempre esteve aí”, opina Piu.
Além da campanha, o Casarão também traz de volta o Feirão 1 Milhão de LPs. “Fizemos no ano passado e agora as pessoas começaram a perguntar se não faríamos de novo. Então, voltamos. Você compra um disco por R$ 4,90 e leva um de brinde”, explica Piu.
tudo por um lp/ O analista de conteúdo Jorge Miguel de Almeida Jr., 32,  aproveitou o dia de folga para garimpar o melhor dos LPs no Casarão. 
“Fiquei sabendo da campanha, aproveitei que já estava na hora de doar sangue de novo, fui ao hospital hoje de manhã e já vim pra cá”, conta o analista, que ainda estava com o curativo do procedimento no braço.  “A iniciativa é muito legal. Além de ajudar o próximo, mantém essa história, essa cultura do LP. É uma corrente do bem”, elogia.

Leonardo Daniel Baldissera Souza,  17, já é cliente fiel da loja e tem até uma coleção de discos de rock. “Tenho uma banda de rock desde os 14 anos e sempre procuro discos de rock. Já tenho uns 20 em casa”, conta o músico, que ganhou o gosto pelo vinil por causa da mãe. “O dono da casa que ela trabalhava tinha um aparelho e alguns discos e não quis mais. Aí ela pegou e me deu”, lembra-se.
Por causa do sucesso da campanha, que duraria apenas até a segunda-feira, ela foi estendida até o fim deste mês. Há tempo suficiente de se programar e garantir seu disco.
MAIS:
Comemoração com muitos presentes
Além dos brindes para as doações, há outras promoções para os clientes que visitarem o Casarão. Aqueles que forem ao local apenas para conhecer vão ganhar sete gravuras do artista Jean-Baptiste Debret. Quem decidir levar um LP de R$ 9,90, vai ganhar outro. Caso a escolha seja por um disco de R$ 29,90 a pessoa vai levar para casa mais dois de brinde. E aqueles que escolherem um LP de R$ 49,90 vão ganhar mais três.
15.000 
é o total de discos disponíveis para os brindes
Espaço antigo cria ambiente vintage
O Casarão do Vinil foi aberto em setembro do ano passado e está instalado em uma casa da década de 1940 na Mooca, Zona Leste da cidade.
SERVIÇO:
Casarão do Vinil
Rua dos Trilhos, 1212, Mooca, Zona Leste, São Paulo. Diariamente, das 9h às 18h. Tel.: (11) 2645-2808
Feirão 1 Milhão de LPs
Rua do Oratório, 273, Mooca, Zona Leste, São Paulo. Diariamente, das 9h às 18h. Tel.: (11) 2737-0755 

Fonte: http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/84117/faca-uma-boa-acao-e-ganhe-um-disco-de-vinil-em-sp

"PR-104" Novo medicamento para leucemia aguda infantil


Cientistas australianos descobriram um novo fármaco que abre a porta ao tratamento de um tipo de leucemia muito agressivo que se manifesta nas crianças, informaram hoje fontes acadêmicas.

Este medicamento, batizado de 'PR-104', foi eficaz contra a leucemia linfoblástica aguda T, ou T-LLA, nos testes realizados em laboratório, segundo um comunicado da Universidade de Nova Gales do Sul.


A leucemia linfoblástica aguda é o cancro mais comum em crianças, sendo que 15% dos casos são do subtipo mais agressivo, conhecido como T-LLA, aquele que menos responde aos tratamentos e tende a causar recaídas.
Richard Lock e Donya Moradi Manesh, investigadores do Instituto do Cancro Infantil, da Universidade de Nova Gales do Sul, têm liderado os testes com o 'PR-104', depois de já terem sido testados cerca de 70 fármacos nos últimos dez anos.
"Acreditamos que o 'PR-104' pode ser eficaz para os pacientes que inicialmente beneficiaram de tratamentos convencionais contra a T-LLA e que posteriormente sofreram recaídas", comentou Lock.

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/mundo/419036/descoberto-farmaco-contra-a-leucemia-linfoblastica-aguda

sábado, 27 de junho de 2015

Autocuidado e Autoestima, vai encarar?


Atitudes simples mantêm o equilíbrio e garantem o bem-estar

Sabe quando você acorda, olha no espelho e se sente bem e feliz? Esta é, sem dúvida, uma ótima forma de começar o dia. Mas, como nem sempre você levanta com essa disposição toda, é necessário se enxergar melhor, lembrar sempre de suas qualidades e cuidar de si para melhorá-las. Aí entra o autocuidado. Não é difícil identificar que em algum momento do dia o utilizamos. Aquele banho gostoso, o cuidado com o cabelo e com a pele, a roupa bonita para vestir, etc.

Embora pareçam atitudes que fazemos para os outros, são também momentos dedicados a nós mesmos em um mundo no qual o tempo para si anda cada vez mais curto. Atitudes como essas já mostram que você se preocupa com seu bem-estar, segundo a psicóloga Doralice Lima, de São Paulo. "O amor próprio é uma peça importante no processo de aumento da autoestima", diz a profissional. 

Conhece-te a ti mesmo

O autocuidado vai muito além da atenção aos detalhes do corpo. Saber mais sobre si mesmo é importante para cuidar de si mesmo. "Conhecer os próprios limites, capacidades e necessidades, ou popularmente, saber o tamanho das próprias pernas, é a medida justa para o bom funcionamento dessa máquina fantástica que é o seu ser humano e o seu corpo. E uma máquina, para estar bem azeitada, pressupõe conhecermos bem o seu funcionamento", pondera a psicanalista Joana de Vilhena Novaes, pós-doutora em Psicologia Social (UERJ) e coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social (LIPIS) da PUC-RJ. Por isso, questionar-se sobre o que te motiva, por quanto tempo você consegue ficar sem descanso e se você está feliz também é uma forma de se cuidar. 

Processo de construção

A autoestima não é construída só com o que pensamos sobre nós. "Costumamos muito valorizar a opinião alheia. Um elogio ou uma crítica tem um efeito muito grande, para o bem ou para o mal, na maneira como nos enxergamos", pondera a especialista. Segundo a psicóloga, este é um território minado de pequenas armadilhas, onde uma crítica num momento de fragilidade pode ser como uma bomba com um resultado devastador. 

Basicamente o erro está em se basear no que os outros dizem e usar isso como bússola para seu astral, esquecendo do amor próprio. "Quem faz isso deixa de enxergar suas qualidades e passar a viver apenas em função de agradar ou não decepcionar os outros, na espera de algo equivalente ao afago que o cachorro recebe ao balançar o rabo", diz. Deixar de ser quem é para se moldar como alguém que a sociedade deseja que você seja é negar suas peculiaridades, sua possibilidade de ser único. 

Atenção aos obstáculos

Ser aceito pelo meio social é importante, afinal a rejeição também prejudica a autoestima. Como contrabalancear isso, agradar a si e aos outros? O psicólogo Viktor Frankl defende que atender apenas à expectativa alheia atrapalha e frustra a construção de uma personalidade sólida e estável. Já quem faz o oposto, ou seja, não dá a mínima para o pensamento coletivo, fazendo apenas o que acha certo, tende a se isolar e até criar um comportamento psicótico. Portanto, equilíbrio é a palavra-chave. 

Doralice endossa a tese do especialista. De acordo com a psicóloga, o primeiro passo é ser cuidadoso consigo mesmo. Preparar a comida que você gosta, tomar banhos relaxantes, usar roupas confortáveis, se olhar no espelho e pensar nas qualidades que possui. "Dê uma volta no parque ou na praia e esvazie a cabeça dos problemas pelo menos por alguns instantes", recomenda a especialista. 

Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/12865-entenda-a-relacao-entre-autocuidado-e-autoestima

Quais os direitos do paciente portador de câncer?



Oi Pessoal,

Encontrei aqui uma lista de DIREITOS que o paciente de câncer pode e deve reivindicar caso não esteja sendo atendido corretamente. A coisa é um tanto burocrática mas vale a pena conferir!

O paciente portador de câncer tem vários direitos:

1. Direito ao tratamento e MEDICAMENTOS de que necessita, mesmo que isso implique em fugir ao sistema padronizado pelo SUS:
A Constituição Federal, em seu artigo 196, garante o DIREITO À SÁUDE, pois assegura que ela é um direito de TODOS e um DEVER do Estado.
“Artigo 196-A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
A necessidade clínica do uso do medicamento pode ser comprovada a partir dos exames diagnósticos acompanhados de laudo e receituários médicos.

Como comprovar a eficácia e segurança do medicamento?


A eficácia do medicamento pode ser comprovada por meio de relatório médico, fundamentado na literatura médica, bem como pelo seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Vale dizer que a aprovação do medicamento pela Agência só ocorre após criteriosa avaliação, que, dentre outros critérios, considera a eficácia e segurança do produto. Os registros de medicamentos podem ser consultados no site da ANVISA.

O que fazer quando o SUS não fornece o medicamento?

Quando o SUS nega ou cria obstáculos para o fornecimento de medicamentos, deixa de cumprir uma obrigação imposta pela Constituição Federal. Assim, as pessoas que entenderem ter o seu direito não respeitado podem solicitar JUDICIALMENTE o fornecimento dos medicamentos prescritos pelo médico.

2. Direito ao Auxílio doença:
O portador de câncer tem direito ao recebimento de auxilio doença, independentemente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado, ou seja, esteja contribuindo para a Previdência. A incapacidade deve ser comprovada pela declaração do médico que assiste o paciente e confirmada pelo médico perito do INSS. Caso o pedido de beneficio seja indeferido pelo INSS, o paciente poderá requerê-lo Judicialmente.

Como requerer o auxílio doença?
A pessoa deve comparecer à agência da Previdência Social mais próxima de sua residência ou ligar para 135 solicitando o agendamento da perícia médica. É indispensável Carteira de trabalho ou documentos que comprovem a sua contribuição ao INSS, além de declaração ou exame médico (com validade de 30 dias) que descreva o estado clínico do segurado.
Este benefício está previsto no artigo 61 da Lei Federal 8.213/91:
“Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei.”

Quais são os documentos necessários para obtenção do auxílio-doença?
A documentação exigida para análise do pedido de auxílio-doença dependerá da categoria na qual o segurado está registrado no INSS. Essa informação está disponível no site do INSS. Para os empregados com carteira de trabalho assinada - a grande maioria dos segurados pelo INSS - os documentos exigidos são:
• Carteira de Trabalho original ou documentos que comprovem a contribuição ao INSS.
• Relatório médico original com as seguintes informações: diagnóstico da doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de Doenças), eventuais sequelas provocadas pela doença, justificativa da incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter assinatura, carimbo e CRM do médico.
• Exames que comprovem a existência da doença.
• Procuração (se for o caso), acompanhada de documento de identificação e CPF do procurador.
O que o paciente deve fazer se tiver seu pedido de auxílio-doença negado injustamente?
Quando o pedido de concessão ou prorrogação de auxílio-doença for negado, o paciente que se sentir prejudicado poderá formular pedido de reconsideração no prazo de até 30 dias após a ciência da avaliação médica ou a da cessação do benefício. Esse pedido pode ser feito na Agência da Previdência Social responsável pela concessão do benefício pelo telefone 135 ou pela Internet. Se o resultado ainda for desfavorável, o paciente que se sentir injustiçado pode ingressar com ação judicial.

3. Direito à Aposentadoria por Invalidez:
É um direito do segurado que, estando ou não em gozo do auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício da atividade que lhe garanta a subsistência e será paga enquanto permanecer nessa condição.
Este benefício está previsto no artigo 42 da Lei Federal 8.213/91:
“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.”
Se o segurado do INSS necessitar de assistência permanente de outra pessoa, a critério da perícia médica, o valor da aposentadoria por invalidez será aumentada em 25% a partir da data de sua solicitação.
Como obter a aposentadoria por invalidez?
Para obter o benefício, o paciente segurado pelo INSS deve dirigir-se, pessoalmente ou por intermédio de um procurador, a uma Agência da Previdência Social, preencher requerimento próprio, apresentar a documentação exigida e agendar realização de perícia médica. O benefício também pode ser requerido pelo telefone 135 ou pela Internet.
Quais os documentos necessários para obtenção da aposentadoria por invalidez?
A documentação exigida para análise do pedido de aposentadoria por invalidez dependerá da categoria na qual o segurado está registrado no INSS. Essa informação está disponível no site do INSS. Para os empregados com carteira de trabalho assinada – a grande maioria dos segurados pelo INSS - os documentos exigidos são:
• Carteira de Trabalho original ou documentos que comprovem a contribuição ao INSS.
• Relatório médico original com as seguintes informações: diagnóstico da doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de Doenças), eventuais sequelas provocadas pela doença, justificativa da incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter a assinatura, carimbo e CRM do médico.
• Exames que comprovem a existência da doença.
• Procuração (se for o caso), acompanhada de documento de identificação e CPF do procurador.

4. Direito à assistência social - Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS:
Este benefício é devido àquelas pessoas que não têm acesso aos benefícios previdenciários, por insuficiência de contribuição. Esse benefício é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e/ou idoso com 65 anos ou mais e que comprovem não possuir meios de promover a própria manutenção e nem tê-la promovida por sua família.
Fica esclarecido que o doente portador de deficiência é aquele incapaz para a vida independente e para o trabalho. Esse benefício pode ser solicitado nas Agências da Previdência Social mediante o cumprimento da exigências legais.
A pessoa com câncer tem direito ao amparo assistencial?
Sim, desde que se enquadre nos critérios de idade, renda ou deficiência descritos acima. Nos casos em que o paciente sofra de doença em estágio avançado, ou sofra consequências de sequelas irreversíveis do tratamento oncológico, pode-se também recorrer ao benefício, desde que haja uma implicação do seu estado de saúde na incapacidade para o trabalho e nos atos da vida independente. O requerente também não pode estar vinculado a nenhum regime de previdência social ou receber quaisquer benefícios. Mesmo quando internados, tanto o idoso como o deficiente têm direito ao benefício. O amparo assistencial é intransferível, não gerando direito à pensão a herdeiros ou sucessores. O beneficiário não recebe 13º salário.
Como fazer para conseguir o benefício da LOAS?
Para solicitar o benefício, a pessoa deve fazer exame médico pericial no INSS e conseguir o Laudo Médico que comprove sua deficiência. Também deverá encaminhar um requerimento à Agência da Previdência Social com a apresentação dos seguintes documentos:
1. Número de identificação do trabalhador – NIT, (PIS/PASEP) ou número de inscrição do Contribuinte Individual / Doméstico / Facultativo /Trabalhador Rural;
2. Documento de Identificação do requerente (Carteira de Identidade e/ou Carteira de trabalho e Previdência Social);
3. Cadastro de Pessoa Física (CPF) se o requerente tiver este documento;
4. Certidão de Nascimento ou Casamento;
5. Certidão de Óbito do esposo (a) falecido (a), se o requerente for viúvo (a);
6. Comprovante de rendimentos dos membros do grupo familiar;
7. Curatela, quando maior de idade e incapaz para a prática dos atos da vida civil;
8. Tutela, no caso de menores de idade filhos de pais falecidos ou desaparecidos.
Esse direito é assegurado pela Lei Federal Nº 8.742/93.

5. Direito à Isenção do imposto de renda na aposentadoria:
Pacientes com doenças consideradas graves pela legislação vigente, entre as quais o câncer, tem direito à isenção do Imposto de Renda sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações recebidas de entidade privada, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão do benefício previdenciário. Este benefício está previsto na Lei Federal Nº 7.713, de 22/12/88 - Art. 6º, inciso XIV e XXI. Decreto federal Nº 3.000, de 26/03/99 - Art. 39, inciso XXXIII. Mais informações consulte o site: (www.receita.fazenda.gov.br)
Como obter esse benefício?
O paciente deve procurar o órgão responsável pelo pagamento da sua aposentadoria, pensão ou reforma (INSS, União, Estado, Município, Previdência Privada, etc.) e requerer a isenção do Imposto de Renda que incide sobre esses rendimentos.
Como obter a isenção de Imposto de Renda na aposentadoria, reforma e pensão?
Para obter o benefício, o paciente deve apresentar ao órgão responsável pelo pagamento da sua aposentadoria, pensão ou reforma os seguintes documentos:
• Requerimento de isenção de Imposto de Renda.
• Relatório médico original emitido por serviço médico oficial da União, Estados, DF ou Municípios com as seguintes informações: diagnóstico da doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de Doenças), eventuais sequelas provocadas pela doença, justificativa da incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter a assinatura, carimbo e CRM do médico. A validade do atestado é de 30 dias.
• Exames que comprovem a existência da doença.
• Após o reconhecimento da isenção, a fonte pagadora deixará de proceder aos descontos do Imposto de Renda.

É possível pedir a restituição de valores descontados indevidamente?

Sim. O paciente com câncer pode requer junto à Receita Federal a restituição dos valores descontados nos últimos 5 (cinco) anos, desde que comprove que durante esse período preenchia os requisitos para obtenção do benefício. Se o pedido for negado a pessoa tem o direito de solicitar JUDICIALMENTE a restituição.

6. Direito à Liberação do fundo de garantia por tempo de serviço:
O trabalhador acometido de neoplasia maligna (câncer) ou o trabalhador que possuir dependente acometido de neoplasia tem direito ao saque do FGTS.
Quais os documentos necessários para o saque do FGTS?
Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; e
- Carteira de Trabalho;
- Cartão do Cidadão ou Cartão de inscrição PIS/PASEP ou número de inscrição PIS/PASEP; ou
- Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico não cadastrado no PIS/PASEP; e
- Atestado médico com validade não superior a trinta dias, contados de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo e CRM do médico responsável pelo tratamento, contendo diagnóstico no qual relate as patologias ou enfermidades que molestam o paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo. Na data da solicitação do saque, se o paciente estiver acometido de neoplasia maligna, no atestado médico deve constar, expressamente: "Paciente sintomático para a patologia classificada sob o CID________"; ou "Paciente acometido de neoplasia maligna, em razão da patologia classificada sob o CID________"; ou "Paciente acometido de neoplasia maligna nos termos da Lei nº. 8.922/94", ou "Paciente acometido de neoplasia maligna nos termos do Decreto nº. 5.860/2006"; e
- Cópia do laudo do exame histopatológico ou anatomopatológico que serviu de base para a elaboração do atestado médico; e
- Código Internacional de Doenças (CID);
- Documento hábil que comprove a relação de dependência, no caso de estar o dependente do titular da conta acometido pela doença.
Esse direito é assegurado pelo artigo 20, inciso XI da Lei Federal n° 8.036, de 11/05/90 - Art: 20, inciso XI. Dispositivo acrescentado pela Lei N 8.922, de 25/07/94. Mais esclarecimentos consulte o site: (www.caixa.gov.br).

7. Direito à Liberação do PIS/PASEP:
A mesma legislação que permite o saque do FGTS também permite o saque do PIS/PASEP, ou seja, o artigo 20 da Lei Nº 8.036, de 11/05/90. Mais esclarecimentos consulte o site: (www.caixa.gov.br)
Quais os documentos necessários para o saque do PIS/PASEP?
1. Comprovante de inscrição no PIS/PASEP;
2. Carteira de trabalho;
3. Documento de identificação do solicitante;
4. Laudo Histopatológico (estudo em nível microscópio de lesões orgânicas) ou anatomopatológico (estudo das alterações no organismo pela patologia), conforme o caso. O laudo tem validade indeterminada. Nos casos em que não seja possível a realização de tais exames, será necessário providenciar relatório circunstanciado do médico– assistente explicando as razões impeditivas do procedimento, acompanhado de outros exames complementares comprobatórios, preferencialmente de instituições oficiais;
5. Atestado médico com validade não superior a trinta dias, contados de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo e CRM do médico responsável pelo tratamento, contendo menção à Resolução 01/96 de 15/10/1996 do Conselho diretor do Fundo de Participação PIS/ PASEP e diagnóstico no qual relate as patologias ou enfermidades que molestam o paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo e indicando expressamente “paciente sintomático para a patologia classificada sob o código da Classificação Internacional das Doenças (CID)” (de 140 a 208 ou de 230 a 234 ou C00 a C97 ou D00 a D09);
6. Comprovante de dependência, quando for o caso.

8. Direito ao Passe livre em transporte coletivo interestadual:
Trata-se do direito ao transporte gratuito para pessoas carentes portadoras de deficiência. Está previsto na Lei Nº 8.899, de 29/06/94. Decreto 3.691, de 19/12/2000.
Portanto, se o câncer causou alguma espécie de deficiência e a pessoa for carente, tem direito ao passe livre.
Quem tem direito ao Passe Livre?
Portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes.
Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte: Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar. Some todos os valores. Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa. Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente.
Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre?
Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:
Certidão de nascimento;
Certidão de casamento;
Certidão de reservista;
Carteira de identidade;
Carteira de trabalho e previdência social;
Título de eleitor.
Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.
Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional. . Mais esclarecimentos consulte o site: (www.transportes.gov.br).

9. Direito à Cirurgia plástica reparadora de mama:
De acordo com o Art. 1o da Lei Federal nº 9.797, de 06/05/99:
“As mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial de mama, decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer, têm direito a cirurgia plástica reconstrutiva.”
Como e onde obter?

Pelo SUS, exija o agendamento da cirurgia de reconstrução mamária no local do tratamento. Caso não esteja em tratamento, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em cirurgia de reconstrução mamária.
Pelo Plano de Saúde, consulte-se com médico cirurgião plástico da rede credenciada.

10. Direito à quitação do financiamento de imóvel:
A aquisição de imóvel financiado por agentes do Sistema Financeiro de Habitação (COHAB, Caixa Econômica Federal e outros bancos privados) normalmente vem condicionada à contratação de um seguro habitacional, cujo prêmio é pago junto com as parcelas mensais do financiamento. Esse contrato de seguro costuma ter uma cláusula prevendo a quitação do saldo devedor nos casos de morte e invalidez permanente do contratante.
O benefício é concedido no caso de a doença incapacitante ser preexistente à contratação do seguro?

Em princípio, a doença que determinou a invalidez deverá ser posterior à assinatura do contrato de financiamento. No entanto, há decisões judiciais no sentido de que se a causa da invalidez decorrer, não da condição inicial, mas sim do agravamento da doença, o paciente tem direito ao benefício. Além disso, cabe à seguradora comprovar a preexistência da doença.
O contrato de financiamento é considerado totalmente quitado no caso da morte ou invalidez permanente do contratante?
A quitação é proporcional à participação da pessoa que falecer ou for declarada inválida no contrato de financiamento. Assim, se ela é responsável com 100% de sua renda pelo financiamento, o saldo devedor será integralmente quitado. Por outro lado, se concorrer com 50% de sua renda, a quitação será proporcional aos mesmos 50%.
Como comprovar a condição de invalidez?

A comprovação da condição de invalidez pode ser feita por meio de laudos, exames e perícia médica. No caso de o contratante se aposentar por invalidez, a própria carta de concessão da aposentadoria serve como prova para efeito de quitação do financiamento.
Quais os documentos necessários para a quitação do financiamento?
Cada instituição financiadora tem o seu procedimento e relação de documentos específicos para análise do caso pela seguradora. Informe-se no local onde contratou o financiamento sobre como solicitar a quitação.

11. Direito à Isenção de ICMS, IPI e IPVA na compra de carro: O paciente de câncer com qualquer tipo de limitação física que o incapacite de dirigir veículo comum poderá adquirir veículo especial adaptado às suas necessidades com isenção dos impostos:
Isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) - A isenção deverá ser requerida junto à Secretaria da Fazenda do Estado, na aquisição de veículos de até 127 HP de potência bruta, adaptados ao uso de pessoas portadoras de deficiência física (caso de mulheres submetidas à mastectomia decorrente de neoplasia maligna).
Como obter o benefício?
De acordo com informações obtidas no site da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, são necessários os seguintes documentos:

Observações:

Certidão e laudo de perícia médica fornecido pela comissão de exames especiais do DETRAN/MG;
Cópia da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, na qual constem as restrições referentes ao condutor e as adaptações necessárias ao veículo;
Declaração de disponibilidade financeira ou patrimonial do portador de deficiência física compatível com o valor do veículo a ser adquirido, apresentada pessoalmente ou por intermédio de representante legal (modelo: 060452);
Comprovante de residência.
Este benefício está previsto na Lei Complementar n°24 de 1975
Isenção do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados):
As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi).
O direito à aquisição com o benefício da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada dois anos, sem limite do número de aquisições.
A isenção do IPI não se aplica às operações de arrendamento mercantil (leasing).
Este benefício está previsto na Lei nº 8.989, de 1995, atualmente prorrogada pela Lei 11.941/2009, art. 77, até 31.12.2014.
Qual a documentação necessária?
Os documentos necessários, bem como formulários, e todas as explicações podem ser encontradas de forma bem detalhada no site da Receita Federal do Brasil:
http://www.receita.fazenda.gov.br/guiacontribuinte/isenipideffisico/isenipidefifisicoleia.htm
Isenção de IOF:
São isentas do IOF as operações financeiras para aquisição de automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta para pessoas portadoras de deficiência física, atestada pelo Departamento de Trânsito do Estado onde residirem em caráter permanente, cujo laudo de perícia médica especifique:
a) o tipo de defeito físico e a total incapacidade do requerente para dirigir automóveis convencionais;
b) a habilitação do requerente para dirigir veículo com adaptações especiais, descritas no referido laudo;
A Isenção do IOF poderá ser utilizada uma única vez.
Quem pode requerer?
1) Pessoa portadora de deficiência física e visual deverá observar:
I - no caso de deficiência física, o disposto no art. 1º da Lei nº 8.989, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 2003, e no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, com suas alterações posteriores.
II – no caso de deficiência visual, o disposto no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.989, de 1995, com a redação dada pela Lei nº 10.690, de 2003.
2) A pessoa portadora de deficiência mental severa ou profunda, ou a condição de autista deverá ter sua condição atestada conforme critérios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2, de 2003.
Considera-se adquirente do veículo com isenção do IPI a pessoa portadora de deficiência ou o autista que deverá praticar todos os atos necessários ao gozo do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.
Qual a documentação necessária?
Os documentos necessários, bem como formulários, e todas as explicações podem ser encontradas de forma bem detalhada no site da Receita Federal do Brasil:
http://www.receita.fazenda.gov.br/guiacontribuinte/isenipideffisico/isenipidefifisicoleia.htm
Isenção de IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores):
O Estado de Minas Gerais proporciona esse benefício às pessoas deficientes. Portanto, se o câncer lhe causou alguma deficiência, o paciente tem direito à isenção do pagamento do IPVA.
De acordo com a lei 14.397/93, é isento de IPVA:
III - veículo de pessoa portadora de deficiência física adaptado por exigência do órgão de trânsito para possibilitar a sua utilização pelo proprietário”.
Os documentos necessários para a obtenção desse direito são encontrados no site da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais:
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/impostos/ipva/docisencao.htm

12. Direito à Prioridade de recebimento de Precatório:
A Constituição Federal, com a alteração promovida pela Emenda Constitucional nº 62, garantiu aos portadores de doenças graves prioridade no recebimento do precatório até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei como obrigações de pequeno valor. No âmbito federal as obrigações de pequeno valor compreendem até o limite de 60 salários mínimos. Estados e Municípios possuem legislações próprias tratando do montante correspondente às obrigações de pequeno valor.
Antes da emenda constitucional nº 62, já havia inúmeras decisões dos Tribunais brasileiros dando preferência às pessoas portadoras de doenças graves, inclusive decisão do Supremo Tribunal Federal. A justificativa é basicamente a de que um estado de saúde grave exige pagamento imediato do precatório, para que seja assegurado ao paciente um mínimo existencial, indispensável para a continuidade da assistência médica e para a garantia do direito à dignidade.
Este direito está previsto no artigo 100, §2° da Constituição Federal do Brasil:
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. (Alterado pela EC-000.062-2009).”
Como obter a prioridade no recebimento do precatório?

Entregue ao seu advogado um relatório médico constando todo o histórico da doença, bem como os laudos de exames de diagnóstico. O advogado deverá requerer judicialmente a antecipação do pagamento do precatório.

13. Direito à Antecipação do Seguro de Vida:
Os contratos de seguro de vida normalmente contemplam uma cláusula de indenização nos casos de invalidez permanente total ou parcial. Alguns tipos de cânceres podem acarretar a invalidez total ou parcial do paciente.

Como obter essa indenização?

Havendo no contrato de seguro de vida uma cláusula de indenização para casos de invalidez permanente, o paciente deve providenciar um laudo médico atestando sua condição de inválido e acionar a seguradora. As informações sobre a lista de documentos exigidos podem ser obtidas na seguradora.

Observação: Verifique se a empresa onde você trabalha tem contratado seguro de vida em grupo cobrindo todos os funcionários. Muitas empresas oferecem esse benefício aos seus empregados sem que eles próprios tenham conhecimento disso.
Thais Aparecida Mendonça 
OAB/MG 84.900

Fonte: http://www.cancerinfo.com.br/direitos-do-paciente

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