quinta-feira, 31 de março de 2011

Christine Fernandes deixa "Saia Justa" para cuidar do pai que tem leucemia

Antônio, pai de Christine, está com leucemia há dois anos


Na noite desta terça (29), a atriz Christine Fernandes declarou, em seu Twitter, que ficou pessoalmente tocada com a morte do ex-vice-presidente José Alencar.

A razão é doença do pai de Christine, Antônio, que está com leucemia há dois anos. Este também seria o principal motivo que levou a atriz a deixar a bancada do "Saia Justa", programa que começou a apresentar em dezembro de 2010.

Todas as gravações do “Saia Justa” acontecem em São Paulo e Christine precisa ficar disponível no Rio de Janeiro "para cuidar dos problemas de saúde na família", segundo a assessoria do GNT. A atriz Camila Morgado assume o lugar de Christine no programa.

Em seu blog pessoal, Christine comentou sobre sua saída do programa. Leia abaixo o que a atriz escreveu:

"Todo meu foco e energia se destina a estar com minha família nesse momento. Antes que os urubus e vermes de plantão possam vir a especular ou tentar criar polêmica sobre minha saída do programa Saia Justa, escapo momentaneamente do meu recolhimento pra afirmar que não há nada de conflitante sobre o assunto. Meu contrato com o (ótimo) GNT ia até 31 de março apenas. A rotina de gravações em São Paulo estava extenuante e impossível para alguém que, como eu, precisa estar presente e disponível no Rio de Janeiro. Meu momento pessoal também é difícil de conciliar com um programa de exposição de idéias, como é a natureza do programa. Foi uma experiência muito enriquecedora, mas finita, uma vez que não me sentia capaz de viver essa angústia - que é a dura realidade da luta pela vida de um pai, em 'praça pública'. Há momentos em que mesmo o artista mais exibicionista precisa de recolhimento. Perdão se desaponto alguém com a simplicidade dos meus motivos. É tudo. E é só. Um beijo, Christine Fernandes"

Na última terça (29), no mesmo blog, Christine comparou a doença do pai com a luta de Alencar contra o câncer e pediu doações para o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea):

“Meu pai Antonio tem muitos paralelos com José Alencar e, como ele, começou a trabalhar ainda cedo - aos tenros nove anos, pra sustentar sua mãe (que morreu analfabeta, aos 97 anos) e dois irmãos menores, uma vez que era órfão de pai. Esses dois gigantes souberam driblar as adversidades, crescendo na vida e desafiando o destino que para eles estava reservado. José Alencar foi um político sóbrio e confiável. Um brasileiro fiel. Meu pai saiu da roça e ganhou o mundo, homem bom e estudioso fez três faculdades, e deixará pra nós quando partir a melhor das heranças, uma boa educação e caráter. Meu pai também - como o nosso hercúleo ex-presidente, é uma força da natureza, e batalha com firmeza contra uma leucemia diagnosticada há pouco mais de dois anos. Caros, preciso dizer que é um Tour de Force, mas pessoas como meu pai e o José - que deixará saudades pelo seu exemplo, imprimem sua marca de estoicismo e luta. Samurais... São homens como esses, que nunca desanimam, que nunca entregam os pontos, que serão pra sempre motivo de inspiração para mim. Um beijo, Christine. PS:5ml de sangue apenas habilita vocês a se cadastrarem no REDOME, Cadastro Nacional de Doação de Medula Óssea. Simples assim a chance de salvar a vida de alguém. Além de ser madrinha da campanha, eu sou uma doadora. E você? Para maiores detalhes (21)39704100 ou redome@inca.gov.br"

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cocam e Hemonúcleo Fazem Cadastramento de Medula Óssea

A Cocam, em parceria com o Hemonúcleo de Catanduva, realizou nos dias 28 e 29 de março, o cadastramento voluntário de doadores de medula óssea, no ambulatório médico da Cocam. A Campanha faz parte da 4ª Semana da Saúde realizada pela empresa, do dia 21 a 25 de março, onde foram ministradas palestras com temas voltados para “Saúde e Qualidade de Vida”. Desta semana, um dia foi específico sobre o tema de doação de medula óssea, uma vez que existem muitos mitos sobre o assunto. O cadastramento marca o encerramento da Semana. 

As responsáveis pela campanha foram: por parte da Cocam, Dulce Helena B. Barbosa, enfermeira e Ana Eliza Mattos de Moraes Rocha, assistente social, e ainda, Francisca Caparroz Vizentini, assistente social – responsável pelo setor de capitação do Hemonúcleo.

Para Francisca, a campanha é importante, pois além de trazer conhecimento para os funcionários da empresa, aumenta a chance de quem precisa. “A ação cria multiplicadores de vida. Os funcionários que adquiriram conhecimentos passam para os familiares”, explica. Ela esclarece que a doação de medula óssea é diferente, da doação de órgãos. “Agradece muito a Cocam por essa iniciativa. Tomara que outras empresas tenham a mesma iniciativa, sempre visando às pessoas necessitadas”, afirma.

O diretor da Cocam, Marcos Murari, ressalta que a empresa visa realizar o papel social. “Esta campanha une o aspecto social com o exemplo”, completa.    



Exemplo

Para ser um voluntário a pessoa precisa ter de 18 a 54 anos e se cadastrar uma única vez, como os 50 funcionários da Cocam, que participaram da campanha. Depois do cadastro, foi colhido amostra de sangue para fazer o exame chamado HLA - o qual aponta o tipo de medula óssea. De acordo com a Francisca, o cadastro junto com o resultado é mandado para o REDOME – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, no Rio de Janeiro, órgão ligado ao INCA – Instituto Nacional do Câncer.

Ela acrescenta que a chance de uma pessoa encontrar um doador no Brasil é de um para cada 100 mil, enquanto que nos outros países é de 1 milhão.

Saúde vai oferecer remédio para câncer

A partir de 4 de abril, a Secretaria da Saúde vai disponibilizar às unidades classificadas como Centro de Alta Complexidade em Oncologia o medicamento Mesilato de Imatinibe, 400 mg e 100 mg. O remédio é usado no tratamento quimioterápico de tumor do estroma gastrintestinal avançado e leucemia mielóide crônica. Os hospitais Araújo Jorge, Santa Casa de Misericórdia e Evangélico de Anápolis vão ser contemplados.

terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar morre depois de uma luta de quase 15 anos


Às 14h45, desta terça-feira (29) morreu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o ex- vice-presidente da República, José Alencar. A causa do óbito segundo os médicos foi falência múltipla de órgãos, ele deu entrada no hospital na segunda-feira apresentando problemas intestinais.

O ex-vice presidente enfrentava uma grande batalha contra um câncer na região do abdômen, por conta disso, foram mais de 17 cirurgias, para a retirada de tumores na região dos rins, intestinos, pulmões, além de uma cirurgia do coração em 2005.

Nos últimos meses de vida, Alencar cogitou sua participação na posse da então presidente Dilma Roussef, mas desistiu e convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que sua missão estava “cumprida”. Durante a coletiva abordou a morte e disse com convicção: “Se Deus quiser que eu morra, ele não precisa de câncer para isso. Se ele não quiser que eu vá agora, não há câncer que me leve”, disse.

Lutando contra a doença

Durante os 13 anos em que viveu lutando contra a doença, o ex-vice-presidente enfrentou 15 cirurgias e vários tipos de tratamento médico. A maior das cirurgias pelas quais passou, aconteceu em 2009 e durou quase 18 horas, devido a quantidade de tumores para serem retirados, ao todo foram nove.

José de Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patricia.

Vida Política

Uma carreira marcada por um grande salto. Mineiro, representou seu Estado no Senado Federal em 1998, em seguida, quando já era filiado pelo PL, entrou como vice na chapa do que seria o então presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.

Durante sua vida no Planalto, Alencar ganhou notoriedade por lutar sempre contra os juros altos do governo, em uma tentativa de conter a inflação. Já em 2004, a pedido de Lula, passou a comandar também o Ministério da Defesa.

Naquele mesmo ano, Lula foi candidato a reeleição, o que permitiu que Alencar continua-se no poder até o fim do mandato.
Fonte: A Tribuna/Luciana Recio

Captação hospitalar eleva doações de sangue ao Hemopa

Nesta terça-feira (29), técnicos da Fundação Hemopa reuniram com o corpo clínico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) para estreitar a parceria e melhorar o índice de doação de sangue de familiares de pacientes internados naquela casa de saúde. A atividade também será desenvolvida com o mesmo objetivo no Hospital Ophir Loyola, no dia 4 de abril. Essas a ações fazem parte do programa de "Captação Hospitalar" desenvolvido pelo hemocentro para reforçar estoque estratégico de sangue.

Durante reunião na "Santa Casa", médicos, responsável técnico pela Agência Transfusional (AT), enfermeiros e técnicos de enfermagem assistiram palestra sobre "A importância das parcerias no processo da doação voluntária de sangue", ministrada pela assistente social da Gerência de Captação de Doadores do Hemopa, Alessandra Leite. "Vamos traçar estratégias para maior envolvimento de familiares e amigos de pacientes que recebem transfusão de sangue, mostrando a necessidade da reposição do produto para que todos que sejam atendidos de forma satisfatória", destacou.

No auditório do "Ophir Loyola", o direcionamento da palestra será o mesmo. Atualmente o hemocentro coleta diariamente cerca de 250 bolsas de sangue para atender uma média diária de 300 solicitações transfusionais da rede hospitalar que somente em Belém são 85 casas de saúde. Em 2010, o Hemopa coletou 93.502 bolsas de sangue e efetivou 146.344 atendimentos transfusionais. Nas unidades móveis o saldo anual foi de 136 campanhas externas que resultaram em 5.182 coletas.

O hemocentro tem a responsabilidade de abastecer cerca de 218 hospitais do estado, que corresponde a uma cobertura transfusional acima de 90%. Daí a necessidade imperativa de desenvolver frentes de trabalhos para maior sensibilização e captação de voluntariado da doação de sangue bem como de medula óssea.

O Hemopa funciona na travessa Pe. Eutíquio, 2109. Para coleta: de segunda à sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 12h30. Maiores informações pelo fone: 08002808118

Vera Rojas - Ascom Hemopa

Cientistas identificam genes que causam leucemia

Novos remédios poderão reverter as mutações genéticas que provocam o câncer no sangue
Três grupos de mutações que causam leucemia mieloide aguda, o câncer dos glóbulos brancos do sangue, foram identificados por cientistas a partir de experiências feitas em ratos.

A doença é caracterizada por uma produção, na medula óssea, de glóbulos brancos imaturos, o que muda o equilíbrio sanguíneo. Por não serem desenvolvidos de maneira adequada, esses glóbulos brancos não conseguem combater a infecção e há poucas células vermelhas no sangue para transportar o oxigênio pelo corpo. Uma série de problemas pode levar o paciente à morte em poucas semanas, caso não seja feito um tratamento.

Pesquisadores do Instituto Wellcome Trust Sanger, no Reino Unido, analisou o surgimento desse tipo de leucemia.

A mutação mais comum envolve o gene Npm1 e o grupo mudou esse gene nas células de sangue dos ratos e mostrou que isso aumenta a capacidade das células de se multiplicarem, o que é um forte indício de câncer.Com a mudança, apenas um terço dos ratos desenvolveu a doença.

Isso revela, segundo os especialistas, que outros genes estão envolvidos no processo que desencadeia a leucemia.

Ao estudar os ratos que tiveram leucemia, os pesquisadores conseguiram traçar dois tipos adicionais de mutação. Uma delas afeta a fase de divisão e crescimento celular, a outra modifica o ambiente da célula.

O trabalho dos estudiosos, publicado na atual edição da revista científica Nature Genetics, poderá resultar em novos tratamentos que têm como base remédios desenvolvidos para reverter os processos de mutação identificados pelos cientistas.

Descobertas mutações responsáveis pelo desenvolvimento da leucemia mielóide aguda

Cientistas do Instituto Wellcome Trust Sanger, no Reino Unido, identificaram três tipos de mutações que dão origem à leucemia mielóide aguda, um tipo de cancro que atinge os glóbulos brancos do sangue, avança a BBC, citada pela Fundação Rui Osório de Castro, no seu site.

A importância dos genes no desenvolvimento deste cancro foi descoberta em testes com cobaias e os cientistas acreditam que as conclusões apuradas serão fundamentais para a implementação de novas terapias.

O artigo publicado na Nature Genetics refere que a necessidade de perceber melhor o processo que leva à formação deste tipo de leucemia surge devido ao pouco progresso que se verifica no que diz respeito à criação de novos fármacos de combate à doença.

A mutação mais comummente envolvida no desenvolvimento do cancro é observada no gene NPM1. Alterando este gene em células do sangue em ratos, os cientistas conseguiram impulsionar a capacidade de renovação das células, um dos sinais mais comuns do cancro. No entanto, apenas um terço das cobaias desenvolveram este tipo de leucemia.

Durante a pesquisa foram aleatoriamente alterados os genes mutantes nos animais, através de uma técnica designada por mutagénese dirigida, a fim de identificar quais as mutações responsáveis pela doença nos animais.

Foram descobertos dois tipos adicionais de mutação, uma que afecta a divisão celular e o crescimento e uma outra que altera o ambiente celular.

George Vassiliou, autor do estudo, explica que o próximo passo passará, certamente, por identificar fármacos que já existam no mercado, com o intuito de os utilizar para combater alvos mais específicos.

Uma aposta no amanhã

Nos consultórios médicos, não faltam folhetos de empresas privadas que realizam a coleta e armazenamento das células-tronco. O que falta mesmo é informação precisa sobre os casos em que essas células podem, de fato, resolver um problema de saúde  ou salvar uma vida. Hoje, só se pode falar de tratamento nos casos de doenças hematológicas, como certos tipos de anemias, talassemias e leucemias. Sendo que, no caso de doenças genéticas, como as talassemias, ou em determinados tipos de leucemia, não é aconselhável o uso das células da mesma pessoa. Afinal, têm a mesma constituição genética, podendo desencadear a doença futuramente.
As células-tronco têm capacidade de autoreplicação. Ou seja, toda vez que se dividem geram uma cópia idêntica e outra com potencial de diferenciar-se em vários tecidos. Podem ser utilizadas para substituir células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou para recuperar tecidos lesionados e doentes. As pesquisas com esse material são a esperança de tratamento, e até cura, para doenças como diabetes, escleroses múltipla e lateral amiotrófica; infarto, distrofia muscular, Alzheimer e Parkinson. Mas ainda são pesquisas, ou seja, promessas que a ciência não sabe quando vai cumprir.
A professora de Genética Humana da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Instituto Nacional de Células-Tronco em Doenças Genéticas, Mayana Zatz, admite que, quando trata desse assunto, acaba jogando um balde de água fria sobre os futuros pais. Segundo ela, hoje, o sangue do cordão umbilical trata apenas doenças hematológicas, cujo maior pesadelo é a leucemia. “Além disso, hoje esse sangue só pode ser usado até que o portador alcance 50 quilos.” Também não se sabe, acrescenta ela, se o sangue armazenado agora terá qualidade nos próximos 30 anos.

OUTRAS FONTES - Mayana assegura que o sangue do cordão umbilical não é a única fonte de células-tronco. Além do tecido do cordão (que é descartado após a coleta do sangue), elas podem ser retiradas da polpa do dente de leite, de tecido adiposo (como a gordura retirada durante uma lipoaspiração) e até do sangue menstrual. 
O sangue do cordão umbilical, informa a cientista, é muito rico em células hematopoéticas, importantes para regenerar sangue. Mas há outros tipos de células-tronco, batizadas de mesenquimais, obtidas dessas outras fontes, que são mais versáteis: formam osso, cartilagem, músculo, gordura e têm a vantagem de evitar rejeição no caso de transplantes. 
A diretora médica do Serviço de Transfusão e Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário Hemocentro/Unicamp, Ângela Cristina Malheiros Luzo, conta que já viu famílias gerarem filhos para tentar a cura de um outro que é portador de uma doença hereditária. Mas muitos acabam gerando outro filho com a doença. “A chance de compatibilidade entre familiares é de 25%.” 
Pediatra e proprietário do Centro de Criogenia do Brasil, Carlos Alexandre Ayoub lembra que as células do cordão umbilical têm a mesma propriedade das células da medula (tiradas do próprio paciente para casos de transplante). A vantagem é que a coleta do cordão é muito mais simples e indolor. 
Ayoub aposta na ciência, mas faz um outro alerta aos clientes sobre as contraindicações no momento da coleta do sangue do cordão umbilical: segundo ele, as células não devem ser armazenadas caso a bolsa esteja rompida há mais de 24 horas, ou se a mãe for menor de 18 anos ou maior de 34, ou, ainda, em casos de parto com menos de 32 semanas.
A coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Cryopraxis, Maria Helena Nicola, explica que o procedimento de coleta é feito por médico ou enfermeiro. O sangue do cordão umbilical e placenta é transferido para uma bolsa, sem nenhum risco à saúde da mãe e do bebê. Depois, esse sangue é processado e as células são selecionadas para preservação.

BANCOS PÚBLICOS - Aos que não podem desembolsar os cerca de R$ 4 mil para a coleta e mais cerca de R$ 500 mensais para que o material seja armazenado em um banco privado, uma alternativa melhor do que desprezar o cordão umbilical (que, literalmente, vai para o lixo) é doá-lo para um banco público. “O problema é que não existem bancos públicos suficientes”, lamenta Mayana Zatz.
Nesses casos, as doações são realizadas em maternidades credenciadas ao programa da Rede BrasilCord. Hoje, os bancos públicos funcionam nas unidades do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro; nos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês; nos hemocentros de Campinas e Ribeirão Preto - no Estado de São Paulo. Há também unidades em Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Belém, Porto Alegre, Curitiba, e Belo Horizonte. 
Agora, o BrasilCord inicia o processo de instalação de mais quatro unidades: em Manaus, São Luís, Salvador e Campo Grande. “A Rede Pública visa a ter, num futuro próximo, bolsas congeladas em número suficiente para suprir a grande diversidade da população brasileira e, com isso, diminuir o tempo de espera por um doador compatível”, diz Ângela Luzo. (AE)

Desafio da longa espera por transplante de medula óssea


Quem está à espera de um transplante de medula óssea precisa ter paciência. A demora para encontrar um doador pode ser medida por dois números.
Segundo o Ministério da Saúde são 1,9 milhão de doadores registrados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), o que torna o Brasil o terceiro maior banco de dados do gênero, perdendo para os Estados Unidos e Alemanha.
Mesmo com milhões de doadores, as chances de encontrar um compatível fora da família é de uma em 100 mil. Isso torna um desafio para as 1.035 pessoas que aguardam pelo transplante no Brasil.
Segundo especialista, a miscigenação da população dificulta encontrar doadores. "Temos muitas etnias e isso atrapalha até mesmo entre familiares", explica Ana Lucia Cornacchioni, oncologista pediátrica da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). que ressalta que a chance entre irmãos dos mesmos pais é de 25%, de pais diferentes é de 5% e entre os pais é 3%.
A família de Lucas Guizzardi, 10 anos, de Ribeirão Pires, é uma das que, mesmo com a demora de cinco anos, não desistiram de encontrar doador.
O garoto descobriu que tinha leucemia linfoide aguda, câncer nas células do sangue, que atinge principalmente crianças. Ele fez durante um ano quimioterapia e conseguiu controlar a doença que atinge 88% de sua medula, mas acabou retornando.
A família fez o teste de compatibilidade HLA (termo em inglês para Antígenos Leucocitários Humanos) e apenas a irmã Rosiane, 15, apresentou compatibilidade de 75%. Enquanto que o ideal é 100%.
"Me senti culpada. Pensei que por ser irmã seria 100%. Me dedico ao máximo nas campanhas e que dá forças é ver como ele é forte e sorridente", afirma Rosiane.
A família está organizando a segunda campanha na cidade. "É importante conscientizar as pessoas de que um ato simples pode salvar vidas", explica a mãe, a técnica de gesso hospitalar Rosimar Guizzardi, 36.
Ela se orgulha ao falar do filho. "Mesmo com as quimioterapias e internações, sempre acompanhou a escola e contou com o apoio dos amigos."
ESPERANÇA
O casal de São Bernardo Luciano Cardeal dos Santos, 36, e Raniela Dayane Cardeal dos Santos, 27, vive pela segunda vez a angústia pelo transplante. Em 2007, eles perderam o filho Luran, 1 ano e 3 meses, após ter feito o transplante.
Aos 2 meses foi diagnosticado síndrome Hemofagocítica, desarranjo do sistema imunológico, no qual as células de defesa destroem as outras, inclusive da medula óssea.
A prima de Luran era compatível e o transplante foi feito em 2006, mas na recuperação houve complicações. Luciano e Raniela são primos de segundo grau e exames apontaram que o casal tinha 25% de  chances ter filhos com a doença.
Em 2009, nasceu Luan, que aos 8 meses apresentou os mesmo sintomas do irmão. "Fiquei mal. Sabia que iria passar por tudo de novo", explica a mãe.
"Peço para todos fazerem o exame. Não é fácil, mas não é impossível e quanto mais união mais força teremos para enfrentar novamente e conseguir doador", afirmou Luciano.
Cinco anos depois de transplante, dona de casa leva vida normal 
Quem conseguiu vencer a batalha e realizar o transplante de medula óssea serve de esperança para aqueles que estão no aguardo.
A dona de casa Teresinha Bonafé Machado, 59 anos, da Vila Prudente, Zona Leste da Capital, fez o transplante há cinco anos e pode ser considerada curada da doença.
"Minha sorte é que minha irmã teve 100% de compatibilidade. A recuperação foi muito boa, hoje tenho uma vida normal e não tomo nenhum medicamento." Entre dez e 20 dias após o transplante a pessoa começa a produzir novas células.
Aos 53 anos, Terezinha começou a se sentir muito cansada e se queixou para o médico, que dizia ser reflexo da menopausa. Mas ao fazer exame de sangue de rotina, foi descoberta leucemia.
"O laboratório me ligou, dizendo que era para passar no médico. Perguntei se era leucemia e tive que fazer novo exame, que confirmou a doença. Na primeira internação fiquei 72 dias fazendo quimioterapia." Os primeiros efeitos começaram a aparecer, como a queda de cabelo. "Já esperava, mas lidei tranquilamente." 
Mãe é exemplo de força e solidariedadeNem depois de um ano da morte do Breno, 4 anos, a professora de Educação Física de São Bernardo Juliana Moura, 26, deixou de se envolver em campanhas para cadastrar doadores de medula óssea. "Foi uma dor muito grande. Mas resolvi transformar a dor em amor e celebrar a vida dele organizando nova campanha.
Ela e a Ameo (Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo) estão organizando a campanha Doe Vida em Vida, que acontece hoje no Sesi São Bernardo, das 9h às 16h (veja ao lado).
"Se puder evitar que mães sintam o que senti com a perda do meu filho, vou continuar fazendo", explica Juliana, que fez três campanhas - 9.500 pessoas cadastradas.
Foi aos 6 meses que a família descobriu a doença do filho, síndrome de Shwachman Diamond. "Sabia que a chance dele era nula, mas fui atrás e fiz o que pude. Até engravidei para ver se tinha compatibilidade", conta a mãe de Rafaela, 2 anos e 10 meses, e Pedro, 1 ano e 1 mês.
DOADORES
Há um ano, a professora de Mauá Lucia Cristina Ferreira de Souza, 34, se cadastrou. "Eu e meu marido participamos de um evento. Não é nada complicado, e muitas pessoas podiam participar para ajudar vidas." O casal de Santo André Rosana de Cássia Serafim, 38, e Rodrigo Ferrari, 37, há seis me

ses se tornou doador. "Organizamos um evento na igreja e vemos a importância de colaborar para diminuir o sofrimento das famílias", explica Rosana.
Transplante registra aumento de 10,7% em 2010 

Segundo o Ministério da Saúde, o número de transplantes de medula óssea apresentou crescimento de 10,7%, entre 2009 e 2010, período no qual foram realizadas 1.531 e 1.695, respectivamente.
"Houve crescimento, mas sabemos que ainda é preciso informar melhor a população. Campanhas são importantes para tirar dúvidas", explica Carmem Vergueiro, presidente da Ameo (Assoc

iação da Medula Óssea) e hematologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
A professora de Oncologia e Hematologia da Faculdade de Medicina do ABC Márcia Higashi explica que nem sempre as doenças hematológicas, hereditárias, necessitam de transplante. "Tem casos que só a quimioterapia pode curar. Assim como o transplante é importante, mas não tem como mensurar a chance de cura, que vai depender de cada doença."
Ela ainda ressalta a importância da doação de plaquetas, usadas para a transfusão de pacientes com leucemia, que apresentam queda.
"Muitos precisam fazer transfusão diariamente, e os bancos não dão conta. É como se fosse uma doação de sangue, em que o sangue passa por uma máquina que filtra as plaquetas e devolve o sangue para o doador. Para isso, é preciso ter veia visível", afirma. Na região, a doação de plaquetas pode ser feita no Núcleo Regional de Hemoterapia Dr. Aguinaldo Quaresma (Rua Rio de Janeiro, 502).

Mais de 1,3 mil agentes de saúde são capacitados

Os agentes comunitários do município estão participando de uma capacitação em saúde, iniciada no dia 11 de março e programada para terminar no final deste ano. São 1.370 agentes que vão receber aulas sobre diversos assuntos, tais como: tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e Aids, manipulação de alimentos, controle de medicação, cuidados com idosos frágeis e bioética.
A atualização vai acontecer nas unidades básicas de saúde (UBS), centros comunitários e igrejas dos bairros de Campo Grande. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) também firmou uma parceria com a AACC (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer) para que os agentes comunitários recebam informações sobre leucemia, facilitando o encaminhamento aos centros de saúde dos pacientes suspeitos de estarem com a doença.
A coordenadora do Núcleo de Atenção Básica da Sesau, Margarete Ricci, falou sobre a importância da capacitação que está sendo oferecida. “O agente comunitário é um elo junto à família, que deve estar informado para reconhecer as doenças, orientar as famílias a procurarem as unidades de saúde e notificar os casos encontrados”, observou.

Doadores se mobilizam para salvar vidas


Doe vida em vida. Esse foi o lema da quarta edição da Campanha de Cadastramento de Doadores de Medula Óssea realizada no dia 26 de março, no Sesi de São Bernardo, no bairro Assunção. O evento foi organizado pela Ameo (Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo).

Durante todo o dia, 945 pessoas se cadastraram para doar uma amostra de sangue de dez miligramas, que posteriormente será analisada para avaliar a compatibilidade com o receptor. Atualmente, 1.035 pessoas aguardam pelo transplante no Brasil.
Ao chegarem ao ginásio onde trabalharam 150 voluntários, os possíveis doadores era organizados em grupos e recebiam orientações sobre a importância da doação em palestras que duraram cerca de uma hora.

Para Juliana Moura, organizadora do evento, o principal obstáculo de quem está na fila de espera é justamente achar um doador compatível. "No Brasil, há miscigenação e a situação fica mais difícil. A mistura é atípica. É preciso achar uma genética muito semelhante para ser um doador, por isso os irmãos de mesmo pais têm 25% de chances de serem compatíveis", explicou a coordenadora, que mora em São Bernardo.

A experiência de Juliana com o filho Breno, que morreu com 4 anos em 2010, foi decisiva para a criação da campanha, que teve a primeira edição em 2007.

A criança esperou pelo transplante por quase toda a vida. "Resolvi transformar a dor em amor. Tenho certeza de que a missão dele era promover a conscientização. A proposta é continuar a salvar vidas. Esse é o objetivo da campanha e foi o melhor jeito que encontrei para celebrar a vida dele", disse Juliana, que chegou a ter outros dois filhos para tentar encontrar um doador compatível com Breno.

ADESÃO
O clima era de animação entre os possíveis doadores, que levaram famílias e convidaram amigos para participar do dia de solidariedade. "Soube da campanha por e-mail e repassei para alguns conhecidos. Já encontrei umas dez pessoas aqui. As pessoas precisam colaborar. Receber o transplante de medula é como ganhar na Mega-Sena. Mas sou eu que me sentirei vencedor por salvar uma vida", orgulhou-se o vendedor José Carlos Garcia, 38 anos, de São Bernardo.
Já a estudante Thais de Almeida, 22, saiu de Santo André para colaborar com o banco de dados e criticou a falta de informação das pessoas. "A maioria acha que o médico vai enfiar uma agulha enorme na coluna, por isso tem medo. Esse mito precisa acabar."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mieloma múltiplo: Investigação permite avançar para tratamento

Investigadores traçam perfil genético do mieloma múltiplo, o segundo cancro de sangue mais frequente em Portugal, apenas superado pela leucemia. Pesquisa foi publicada na revista Nature.
Genes que os investigadores pensavam não ter qualquer relação com a doenças cancerosas são, afinal, responsáveis pelo mieloma múltiplo, cancro que regista 400 novos casos por ano em Portugal e que tem, em média, uma taxa de sobrevivência superior a seis anos em 60 por cento dos pacientes.

Esta descoberta não se assume como uma conclusão de um estudo, mas como o primeiro passo para uma investigação que pode resultar na criação de fármacos, capazes de evitar a doença.

Todd Goulb, coordenador da pesquisa e responsável pelo Broad’s Cancer Program, nos Estados Unidos, indica que “será necessária muita pesquisa, no sentido de verificar se aqueles genes podem ser controlados com medicamentos”.

O mieloma múltiplo tem origem na medula óssea, quando células do sangue se tornam malignas e se multiplicam, ‘dominando’ o plasma, ao ponto de afetarem o próprio osso.
Este cancro pode desenvolver-se sem revelar sintomas durante vários anos. E esses sintomas surgem já depois de uma evolução prolongada da doença.

GOIÁS - Hemocentro busca parcerias para aumentar doações

Em meio às medidas para assegurar a regularidade de estoque para atendimento de pacientes dos hospitais públicos, o Hemocentro está mantendo contatos para fechar parceria com o Corpo de Bombeiros Militar. O alvo dos entendimentos é garantir o aumento no número das doações de sangue e desenvolvimento de campanhas de medula óssea já confirmadas para os municípios de Itumbiara, Anápolis e Morrinhos. De 1º de janeiro deste ano até ontem, o Hemocentro recebeu quase 7,5 mil candidatos à doação e coletou cerca de 5,7 mil bolsas de sangue. A campanha de medula óssea fez perto de 2 mil cadastros nesse período.
Mais informações: (62) 3201-4564

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vacina de ADN será testada contra leucemia

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, anunciaram recentemente um novo tratamento contra o cancro que fortalece o sistema imunológico dos doentes e que lhes permite lutar contra a doença de forma mais eficaz, através do recurso a uma vacina de ADN, noticia o site Express Health Care, citado pela Fundação Rui Osório de Castro, uma fundação de solidariedade social que apoia crianças com cancro.

Os primeiros testes com a vacina de ADN vão começar com um grupo de voluntários que sofrem de leucemia mielóide aguda ou crónica. Os cientistas admitem controlar a doença vacinando os doentes contra um gene frequentemente associado ao cancro (gene 1 do tumor de Wilms), encontrado em quase todas as leucemias agudas e crónicas.

Para o estudo, que será feito em colaboração com outras entidades, serão avaliados até 180 doentes tratados nos hospitais de Southampton, Londres e Exeter, no Reino Unido, durante os próximos dois anos.

Christian Ottensmeier, oncologista e docente na Universidade de Southampton, explica que os tratamentos actuais contra a leucemia mielóide crónica conseguem bloquear a propagação do tumor; no entanto, obrigam a uma toma sucessiva por tempo indeterminado e têm efeitos secundários severos.

O tratamento com recurso à vacina de ADN é seguro e já se mostrou efectivo na activação do sistema imunológico em doentes com cancro de próstata, intestino e pulmão, motivo pelo qual os investigadores estão optimistas quanto aos bons resultados que podem ser apurados para as leucemias mielóide aguda e crónica.

Os cientistas lembram que há mais de dez anos que são utilizadas como terapias de primeira linha de tratamento da leucemia inibidores da tirosina quinase, mas estes fármacos raramente conseguem "curar" a doença.

Durante o estudo, cada participante receberá seis doses de vacina de ADN por um período de seis meses, com possibilidade de doses de reforço. A vacina será administrada de uma forma inovadora, utilizando a técnica de eletroporação, através da qual impulsos eléctricos, controlados e rápidos criam permeabilidade das membranas celulares e permitem maior absorção do material biológico após a sua injecção no tecido muscular e pele.

Campanha para doação de medula óssea consegue mais 600 doadores

Mais de 650 doadores voluntários com idades de 18 a 55 anos se sensibilizaram em ajudar um paciente de Sorriso que está em tratamento em Cuiabá.

Os doadores participaram da Campanha de Doação de Medula Óssea realizada durante dois dias em dois Postos de Saúde da Família em Sorriso(420 Km ao norte de Cuiabá).

A doação foi feita através de um de dados que ficou registrado no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foram coletados 5ml de sangue de cada pessoa para os testes que determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

A doação da medula óssea consiste na retirada do interior dos ossos, da bacia, por meio de punsões e se recompõem em apenas 15 dias. Todo o processo de doação é realizado somente em Cuiabá. 

Saúde debate maior controle na assistência a pacientes com leucemia

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Representantes de áreas de alta complexidade e de assistência farmacêutica participam na manhã de hoje (23) de uma reunião com o objetivo de avançar no novo modelo de assistência, no Sistema Único de Saúde (SUS), a pacientes com leucemia mielóide crônica.
Uma das metas, de acordo com o Ministério da Saúde, é ampliar o controle sobre a oferta do medicamento Glivec – indicado para o tratamento da doença – em hospitais. Por meio de um canal direto com a pasta, pacientes ou demais interessados poderão, por exemplo, relatar dificuldades no acesso ao remédio.
A partir da próxima semana, hospitais em todo o país vão passar a receber estoques periódicos do Glivec. A centralização da compra do medicamento foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 16. A medida, de acordo com o ministério, deve beneficiar diretamente 7,7 mil pessoas.
Atualmente, a compra e o fornecimento do Glivec e dos demais remédios para o tratamento de câncer são feitos pelas próprias unidades hospitalares que, após prestarem assistência aos pacientes, têm os procedimentos (medicamentos e atendimento) pagos pelo SUS.
Nos próximos 12 meses, a contar do dia 1º de abril, a rede hospitalar contará com 9,3 milhões de comprimidos do remédio nas dosagens de 100 miligramas (mg) e 400 mg. O quantitativo, segundo a pasta, é superior ao volume de 8,5 milhões de comprimidos administrados em hospitais oncológicos no ano passado.
No segundo semestre de 2010, o ministério liberou R$ 412,7 milhões para serem investidos na reestruturação da assistência oncológica no SUS. Ao todo, foram incluídos nove novos procedimentos para o tratamento de diferentes tipos de câncer.
Edição: Juliana Andrade

terça-feira, 22 de março de 2011

Governo e sociedade civil lamentam morte do ativista Ronaldo Mussauer

Faleceu nesta segunda-feira, em Nova York, o ativista Ronaldo Mussauer de Lima, que sofria de leucemia. Diagnosticado portador do HIV em 1989, Ronaldo iniciou no movimento social de luta contra a aids, em 1991, no Grupo Pela Vidda do Rio de Janeiro e, em 1993, assumiu a presidência da instituição.
No Ministério da Saúde, teve importante função na então Coordenação Nacional de DST/Aids como responsável pela área de informática. Apoiou a idealização e a implantação da Rede Mundial de Pesquisas de Vacinas Anti-HIV/Aids. Desde 2001, trabalhava para a IAVI, ONG norte-americana que atua no campo das vacinas anti-HIV, como diretor da área de informática.

Ronaldo foi citado no livro “As 100 pessoas que fizeram a história da luta contra a aids no Brasil”, do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa) de São Paulo.

Em nota, o Grupo Pela Vidda-SP lamentou a morte de Ronaldo: “A maior lembrança que vamos guardar é a do ativista dedicado e firme, da figura querida e competente, da sua agudeza de espírito admirada por todos”.

O Departamento DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde também deixou um recado em nota assinada pelos diretores Dirceu Greco e Eduardo Barbosa: “Fica nossa solidariedade a amigos, parceiros e familiares, com o reconhecimento por toda a contribuição consagrada à luta contra a aids”.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Batalha de menino de 3 anos por transplante de medula motiva convocação de voluntários

O pequeno Arthur de Morais, de 3 anos, tem pressa. Sem nem desconfiar, o menino tem uma batalha dura pela frente e, para vencê-la, precisará de um exército solidário. Quanto mais gente se alistar, maiores as chances de ele sair vitorioso. Há um ano e um mês, esse herói tem enfrentado maratonas de quimioterapia e internações para combater a leucemia linfóide aguda (LLA), a mais comum na infância. Apesar de o tratamento ter lhe trazido bons resultados, há poucos dias a doença voltou. Desta vez, enfrentá-la é um pouco mais difícil: será preciso um transplante de medula. Em Minas, outras 37 pessoas esperam por esse procedimento. A boa notícia é que o cadastro nacional e internacional de doadores tem aumentado no país, que já tem 2 milhões de pessoas interessadas em doar. No ano passado, 75 mineiros conseguiram o transplante.

Ciente de que a probalidade de que o filho encontre um doador compatível é de um para cada 100 mil, o pai de Arthur, o produtor artístico Guilherme de Morais Domancio Rodrigues, decidiu entrar de corpo e alma nessa batalha. “Desde que soubemos da doença dele, vivemos em um entra e sai de hospitais. Somos de Patos de Minas (Alto Paranaíba), mas viemos tratá-lo no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG). Durante um ano e um mês de tratamento, ficamos sete meses em hospitais. Quando achávamos que a cura estava próxima, ele teve uma infecção que sinalizou a volta da doença”, conta Guilherme. Atualmente, Arthur está internado no HC.

Para multiplicar a chance do filho de encontrar um doador, o pai não se cansa nem poupa esforços. “Mandei e-mails para meus amigos. Depois, comecei a usar a rede social, pedindo às pessoas que fizessem o cadastro para serem doadoras de medula óssea”, conta. Como já trabalhou com dezenas de artistas mineiros, Guilherme decidiu ir além nessa campanha. Com recursos próprios, tem gravado vídeos com grupos como Jota Quest, a banda 14 Bis e a dupla César Menotti e Fabiano, em que os famosos estimulam os fãs a tornarem-se doadores voluntários, explicando como funciona o cadastro.

“A intenção é que o vídeo seja divulgado nos intervalos de shows do Chevrollet Hall. A nossa causa é em benefício de todos os que precisam. Não quer dizer que haverá entre os doadores algum compatível com meu filho, mas poderá beneficiar outro que também está à espera”, afirma, dizendo que é preciso pressa.

Uma conquista já foi alcançada. Mobilizado pela causa, um grupo de voluntários, chamado Força do Bem, disparara convocações pela internet, chamando os internautas a se cadastrar no Hemominas, na próxima segunda-feira, quando pelo menos 100 pessoas devem se apresentar. O procedimento é extremamente simples. Segundo a chefe de Coleta Externa do Hemominas, Deborah Carvalho, para integrar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) basta ser maior de 18 anos e menor de 54 anos. (veja quadro).

Transplante

Deborah conta que muitos se enganam, temendo a doação. “Temos medula óssea em todos os ossos do corpo, mas a concentração maior é nos ossos da bacia. Por isso, quando o doador é compatível com alguém é feita a retirada de sangue dessa região. O procedimento dura apenas 40 minutos e os riscos são praticamente nulos”, garante.

Segundo ela, o Hemominas é responsável pelo cadastro de doadores e, a cada ano, a solidariedade aumenta no estado, que já tem 250.557 mil inscritos. Atualmente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), há em todo o país, 1,2 mil pessoas à procura de um doador. Por ano, são feitos, em média, 1,8 mil transplantes.

Saiba mais

Para se integrar ao cadastro de doadores, é preciso: 

-Ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas

-Apresentar documento oficial de identidade, com foto

-Preencher ficha de identificação e termo de consentimento

-Colher uma amostra de sangue com 5ml, para fazer o exame HLA (antígenos leucocitários humanos), que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente. O resultado será cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer

Constantemente, há cruzamento de dados entre os dados do Redome e dos pacientes. Em caso de compatibilidade, o doador é convocado para exames complementares e para concretizar a doação

Para se cadastrar em Belo Horizonte:


Hemominas
Alameda Ezequiel Dias, 321, Centro – (31) 3248-4515/ 3248-4516

Sucesso TOTAL

Sucesso TOTAL
19 de Abril - Hemocentro Marília