quinta-feira, 19 de abril de 2012

TAC evita ação para tratamento de saúde de menor


O promotor de Justiça da comarca de Pacatuba, Hugo Frota Magalhães Porto Neto, recebeu, no início de março deste ano, do Conselho Tutelar informações sobre o diagnóstico do menor D.A.L. (de 9 anos), apontando o quadro de Leucemia Linfoide Aguda. O menor terminou a primeira etapa do tratamento do hospital Albert Sabin, devendo se submeter à segunda etapa graças ao entendimento celebrado a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), sendo evitada uma Ação Civil Pública. Segundo o promotor de Justiça, a competência do Ministério Público para o caso é legitimada em razão da matéria tratar de saúde pública.

Depois de duas audiências, o pai da criança informou que procurara o Hospital Albert Sabin, inteirando-se sobre a necessidade de prosseguir no tratamento do seu filho menor, passando a anuir com o encaminhamento para a segunda etapa do tratamento, firmando o segundo TAC. Houve o imediato encaminhamento do menor para o Hospital Albert Sabin ou oncologista para manifestar-se sobre a real necessidade das etapas do tratamento.

O hospital Albert Sabin havia acionado o Conselho Tutelar de Pacatuba que logo comunicou ao representante do Ministério Público depois de mais de três meses sem notícia de retorno do menor para tratamento. Imediatamente, a 1ª Promotoria de Justiça de Pacatuba realizou uma audiência com os pais do menor, com a sua presença, posto trazido por opção dos pais, e de um advogado da família.

Na audiência, o pai, mãe e o próprio menor se mostraram recalcitrantes em retomar o tratamento. Foi informado sobre a possibilidade de reincidência da doença com maior agressividade, sobre o prazo médico para atestar uma solução para a Leucemia, mas os pais diziam “que Deus havia curado e que iriam obter um parecer médico de que o menor estaria curado, sendo desnecessária as demais etapas do tratamento”. Além disso, a mãe disse que o hospital era um ambiente massacrante, pois de tempo em tempo havia-se a notícia de que uma criança morrera, bem com o tratamento era muito invasivo ao menor.


Fonte: DireitoCe

Transplante de medula nem sempre é melhor opção em crianças com leucemia aguda

Um estudo internacional que incluiu o Hospital Pediátrico St. Jude, nos Estados Unidos, descobriu que os transplantes de medula óssea nem sempre são a melhor opção para alguns pacientes jovens que sofrem com leucemia linfoblástica aguda (LLA) – um tipo de tumor que afecta o sangue – e que não conseguem atingir remissão clínica após as primeiras semanas de quimioterapia intensa, conhecida como terapia de indução.

O maior estudo de sempre com pacientes pediátricos que sofrem com LLA identificou um subgrupo de crianças que obtiveram taxas de sobrevivência a 10 anos de 72 por cento após a quimioterapia adicional, ao invés de receberem um transplante de medula óssea.

Os resultados surgem publicados na revista New England Journal of Medicine e o estudo envolveu investigadores de 14 grupos de pesquisa nos EUA, Europa e Ásia.

"A falha de indução é um evento raro, afectando apenas 2 a 3 por cento de todos os pacientes pediátricos. Mas estas crianças estão em risco muito elevado para maus resultados e sempre foram considerados candidatos ao transplante de medula óssea", disse um dos autores do estudo do Departamento de Oncologia do Hospital Pediátrico de St. Jude.

Os resultados sugerem que a falha de indução não deve ser considerada uma indicação automática para transplante, pelo que o estudo mostra a importância “da colaboração internacional para fazer avançar resultados do tratamento para estes pacientes", revelou um pesquisador do Centro Médico e Universitário Schleswig-Holstein, na Alemanha.

Os investigadores avaliaram os resultados de 44017 pacientes que tinham no máximo 17 anos. Cada um foi tratado num ensaio clínico num dos centros participantes nesta análise internacional.

O estudo identificou taxas de sobrevivência a longo prazo de 72 por cento entre alguns pacientes jovens com leucemia de linhagem B tratados com quimioterapia adicional após falha da terapêutica de indução. Os pacientes tinham idades entre 1 a 5 anos quando o tumor foi diagnosticado e muitos tinham mais de 50 cromossomas nas células de leucemia, ao invés dos comuns 46 cromossomas.

No total, a amostra correspondia a cerca de 25 por cento dos pacientes cuja doença não entra em remissão após terapia de indução, motivo pelo qual os cientistas lembram que nem sempre é a melhor opção sujeitar estes doentes a transplantes, colocando-os em risco de uma variedade de problemas de saúde imediatos e crónicos.


Fonte: Portal de Oncologia Português

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