sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FOB - A odontologia aliada no tratamento do câncer



Por Patrícia Kerges, mestranda em Estomatologia pela FOB-USP

Atualmente o câncer de boca é considerado um problema de saúde pública. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para 2014 eram esperados 15290 novos casos de câncer de boca e orofaringe no Brasil, dos quais 11289 em homens e 4010 em mulheres.

O principal fator de risco continua sendo o tabaco que aliado ao álcool tornam-se mais potentes nessa função. Porém novos hábitos e costumes da população tornou também o HPV como um fator de risco considerável, assim como aqueles já conhecidos, como histórico familiar, má alimentação, inflamação crônica da laringe devido à refluxo esofágico, exposição a produtos químicos, fuligem ou poeira de carvão e etc. 

Os tratamentos de diversos cânceres têm se tornado complexos, em especial os que envolvem áreas de cabeça e pescoço, isso porque dependem de uma demanda multidisciplinar de profissionais que envolvem desde médicos, patologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, odontólogos, fonoaudiólogos e até psicólogos, trabalhando em conjunto desde o plano de tratamento até o acompanhamento final desses pacientes. 

A chave para um bom prognóstico é sem dúvida o diagnóstico precoce, ou seja, quanto antes detectada a doença maior a chance de cura. Em fases iniciais o tratamento é feito por radioterapia e/ou cirurgia. Em fases avançadas da doença é necessário lançar mão de mais recursos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Já em casos de recorrência ou metástases a abordagem é a quimioterapia sistêmica.

Sabe-se que toda essa terapêutica (quimioterápica e radioterápica) agem de forma agressiva afetando não só células cancerígenas com também células saudáveis. Entre essas células estão as responsáveis pelas ações no trato digestivo, no sangue e as células que promovem o crescimento do cabelo, por isso reações como queda de cabelo, feridas na boca (mucosite), náusea, dores e vomito são comuns.

Com base na literatura e na realidade vivida hoje por esses pacientes, a Clínica Multidisciplinar da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) deu início às suas atividades em Março de 2013, com o foco no atendimento de pacientes oncológicos e transplantados. Seu principal objetivo é a pesquisa e extensão, atuando de forma aditiva, para que esses pacientes tenham uma melhor qualidade de vida durante todo esse processo. 


A equipe da Clínica Multidisciplinar conta com 4 docentes da FOB-USP, 2 Cirurgiões, Dentistas, 4 Fonoaudiólogos, 1 Nutricionista e 1 Fisioterapeuta, além de alunos da Pós-Graduação sob a coordenação do Prof. Dr. Paulo Sérgio da Silva Santos. Dessa forma promovem atendimento multidisciplinar realizando procedimentos odontológicos em geral (endodontia, cirurgia, periodontia, prótese), acompanhamento nutricional, fonoaudiológico e com fisioterapeuta, sem custos à população. 

A laserterapia é realizada baseada na literatura como uma forma de prevenção e também alívio da mucosite bucal que é decorrente de alguns agentes quimioterápicos utilizados em alguns tratamentos de cânceres e pacientes transplantados de medula óssea.

Os pacientes atendidos nessa clínica vêm encaminhados de centros de referência como Hospital Amaral Carvalho de Bauru e Hospital Estadual de Bauru, porém centros da região têm também encaminhado seus pacientes para atendimento.

Portanto a Clínica Multidisciplinar possibilitou além do crescimento da pesquisa na área de pacientes oncológicos, de tal forma a promover maior conhecimento de pós graduandos e graduandos sobre o manejo desses pacientes, como também deu acesso aos pacientes oncológicos e transplantados a terapêuticas que antes eram inexistentes na região de Bauru.

Mais informações: (14) 3235-8667

Chance de achar doador compatível de medula óssea é 1 em cada 100 mil



Doar medula óssea é muito simples e pode ajudar a salvar uma vida. Apesar da facilidade de doação e cadastro, as chances de encontrar doador compatível ainda é pequena. Por isso, a importância de aumentar as doações.
O Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) completa nesta terça-feira (25), 500 transplantes de medula óssea. O paciente número 500 é um menino de cinco anos de idade, que vai fazer o transplante nesta terça em São Paulo.
Achar um doador de medula óssea compatível é difícil. Um em cada cem mil. Por isso, quanto mais pessoas se colocarem à disposição, mais fácil fica e fazer isso é tranquilo. A pessoa vai a um hemocentro para se cadastrar. O pessoal coleta o seu sangue, e se em algum momento for preciso, chama a pessoa para doar a medula. É muito importante manter o cadastro sempre atualizado.
“O cadastro é mundial, mas é muito importante que cada pais tenha em seu cadastro um numero cada vez maior de candidatos por questões hereditárias genéticas regionais. No Brasil temos uma miscigenação muito grande negros amarelos e brancos. Isso faz com que a característica genética da nossa população seja diferente da população mundial”, explica Carlei Heckert Godinho, coordenadora do Banco de Sangue do Hospital Geral de Guarulhos.
O Carlos Daniel Ferreira tem só cinco anos e fará o transplante nesta terça-feira. Quando tinha três, os pais descobriram que ele estava com leucemia.
O Carlos Daniel vai conseguir fazer um transplante de medula óssea graças a um doador que veio de Barcelona, na Espanha. No caso dele, a doação veio de um banco de cordão umbilical, que é mais usado em crianças.
“A busca foi feita pelo Redome e Rereme, nacional e internacional. Como ele é criança pequena foi encontrado um cordão compatível com uma célula de boa, e que é o que vai dar melhor chance de cura e melhor qualidade de vida para ele a longo prazo”, explica o médico Victor Zecchin, coordenador de transplante de medula óssea do GRAAC.
Daqui a mais ou menos um mês, vai ser possível saber se o transplante do Carlos Daniel deu certo e se tudo correr bem, vai ser o melhor presente de aniversário que ele poderia ganhar. O Carlinhos faz seis anos no dia 7 de setembro.
“Uma vida diferente se Deus quiser vai ser tudo normal. Poder ver ele brincar, a maioria do tempo passa no hospital. Mais do que ele já é”, fala a mãe de Carlos, Rayanne Ferreira.
Fonte Jornal Hoje

Campanha para doação de medula óssea têm apoio de artistas no ES


Artistas e lutadores participaram da campanha que tomou as redes socias em apoio ao capixaba Homero de Castro que espera por um transplante de medula óssea na Serra, região da Grande Vitória, no Espírito Santo.

Homero de Castro têm 34 anos, é analista de sistemas e luta contra o câncer de medula óssea. Segundo o irmão dele, Marcelo de Castro, o analista tem um tipo de câncer raro. Ele ainda não encontrou um doador.

"O ideal é achar alguém 100% compatível", contou Marcelo que fez o teste, mas apresentou 80% de compatibilidade com o irmão, o que significa um risco de rejeição muito grande.

Para incentivar o cadastro, cantores como Tuca Fernandes e  Michel Teló e atletas como Anderson Varejão, Popó e Erick Silva enviaram vídeos com a #TamoJuntoHomero.

"Queria pedir para a galera fazer o cadastro no banco de medula. Eu já fiz o meu, faça o seu também", disse o sertanejo Michel Teló em vídeo. O lutador capixaba Érick Silva reforçou o pedido: "A gente precisa ajudar realmente quem tá precisando".

No Espírito Santo são 10 mil doadores cadastrados, mas esse número ainda é pequeno. Quanto maior o número de pessoas registradas no cadastro, maiores são as chances de se encontrar alguém compatível com os pacientes.

O próprio Homero gravou um vídeo no hospital, chamando as pessoas para se registrarem no Cadastro Nacional de Medula Óssea. "Façam o cadastro. A minha vida e a de muitas pessoas dependem de vocês", destacou o paciente.

Os interessados em serem doadores devem procurar o hemocentro mais próximo. No estado são cinco pontos de cadastro: São Mateus, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Serra e Vitória. O doador preenche um cadastro e é recolhida uma amostra de sangue.

As amostras são enviadas para análise e ficam registradas em um banco nacional de doadores. "A identidade genética de quem está precisando e quem está doando vai se comunicar e dizer se é ou não compatível", explica Rosemary Erlacher, Coordenadora da Central de Transplantes.

A coordenadora ainda conta que os transplantes não são feitos no Espírito Santo, é necessário realizar o procedimento em outros estados da federação.

"Se o paciente não puder ir por meios próprios ele pode procurar as superintendências regionais e dar entrada em um requerimento solicitando que o estado arque com suas despesas de passagem e estadia neste local onde ele está fazendo o tratamento", explica Rosemary.

Márcio Pereira é doador de medula, e destaca a importância de ajudar o próximo: "Temos que fazer o bem, sem olhar a quem".

Para o pessoal do ES seguem alguns pontos de cadastro!

Cadastro pode ser realizado em unidades do Hemoes
O cadastro de doador de medula óssea pode ser realizado por qualquer pessoa entre 18 e 55 anos que esteja com boa saúde. O cadastro pode ser feito em qualquer unidade do Hemoes.

Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes)
Tel. 3636-7900/7920/7921- Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe, Vitória. Funciona de segunda-feira a sábado, das 07 às 17h30.

Unidade de Coleta a Distância da Serra
Tel. 3338-7880/3338-7373. Avenida Eudes Scherrer Souza, s/n (anexo ao Hospital Estadual Dório Silva). Funciona de segunda-feira a sexta-feira das 7 às 12h30.

Hemocentro de Linhares
Tel. (27) 3171-4361/4363/4362 - Avenida João Felipe Calmon, 1.305, Centro (ao lado do Hospital Rio Doce). Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Hemocentro Regional de Colatina
Tel. (27) 3177-7930 - Rua Cassiano Castelo, s/n, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Hemocentro Regional de São Mateus
Tel. (27) 3767-4135 - Rodovia Otovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07 às 12h30.

Paciente de 21 anos com leucemia faz apelo por mais doadores


Em meio ao tratamento de quimioterapia para curar a leucemia, a jovem Perla Beatriz Rivas, de 21 anos, ainda não sabe se vai precisar de um transplante de medula óssea para curar o câncer que surgiu há um ano, mas conhece a importância da doação e entende que o gesto salva vidas. “Quando eu me curar, vou ser doadora de medula, de órgãos, de tudo”, garante.
O apelo de Perla é necessário por causa da complexidade da doença. Quando um paciente que tem leucemia não consegue a cura com quimioterapia e radioterapia, o transplante de medula óssea se torna necessário. E quando não existe um doador aparentado (um irmão, pais ou parentes próximos), o jeito é procurar doador compatível no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Segundo a coordenadora de transplantes de Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), “o processo do transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de medula saudável”.
Cerca de 1,5 mil brasileiros aguardam na fila para fazer esse procedimento, uma vez que a espera para o transplante é nacional. Conforme o Redome, 70 centros para transplantes de medula óssea estão espalhados em todo o País. Apesar de nenhum deles estar instalado em Mato Grosso do Sul, o cadastro de doadores nas cidades aqui do Estado é importante para aumentar a lista de aproximadamente 130 mil possíveis doadores em todo o Brasil.
“Nós não realizamos transplante de medula óssea no nosso Estado, portanto os pacientes que precisam desse procedimento vão para outros estados por meio do Tratamento Fora do Domicílio. As despesas são pagas pelo SUS. Se o doador for de Mato Grosso do Sul, ele vai até onde estiver o receptor, também com tudo pago pelo SUS”, explica Claire.
Para se cadastrar como doador de medula óssea e ajudar pacientes com leucemia é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade de ter boa saúde. A pessoa deve procurar o hemocentro (em Campo Grande o Hemosul fica na Avenida Fernando Côrrea da Costa, 1304) para passar por uma entrevista e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Depois disso, os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.
Perla, que conhece outros pacientes com leucemia, tem o discurso pronto. “Temos que ajudar o próximo e nos conscientizar mais. Todo mundo passa por dificuldades e a gente nunca sabe o dia de amanhã. Eu mesma nunca pensei em ter leucemia e passar pelos problemas que passei”, disse ela, que era doadora de sangue antes de descobrir a doença.
A jovem, que trabalhava e estudava Engenharia Civil, teve os sonhos adiados para seguir o tratamento. Mas a crença na cura a fez alimentar um novo sonho, o de ajudar novas pessoas.
(fonte: idest.com.br) 

Sucesso TOTAL

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