quarta-feira, 3 de março de 2010

Teresópolis - UPA terá o nome de Nathan

Patrícia Garcia, mãe de Nathan, emocionada: esperança de que a UPA atenda a necessidade da população de forma carinhosa e representando o que o jovem foi

Jovem que mobilizou Teresópolis na doação de medula óssea será homenageado.

Foi definido nessa segunda-feira pela prefeitura que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) terá o nome de Nathan Garcia Leitão, como homenagem ao menino que mobilizou Teresópolis com campanhas de doação de medula e sangue. Sua mãe, Patrícia de Lima Garcia, visitou ontem, pela primeira vez, as instalações da unidade, que deve ser inaugurada em algumas semanas.

Nathan descobriu que sofria de leucemia crônica aos onze anos, e há dois foi símbolo de uma campanha para doação de medula que apresentou resultados nunca antes vistos no estado. O jovem conseguiu ser transplantado, mas quase dois meses após a cirurgia, não resistiu a uma infecção e faleceu, no dia 7 de janeiro deste ano, na UTI do Copa D’Or, no Rio de Janeiro.

De acordo com Patrícia, desde quando Nathan descobriu a doença, ele começou a planejar. O objetivo era um só: ajudar os que sofrem com o câncer, independente do tipo, oferecendo conforto a pacientes e familiares. Apesar de não ter conseguido realizar esses sonhos, seu nome será lembrado por muitos. “Não esperava pela homenagem, me sinto emocionada e quando soube até chorei. Tínhamos projetos de fazer algo para ajudar as pessoas, e pela internet muita gente até se ofereceu para ajudar a montar uma entidade de assistência a outras pessoas. Com a mudança da nossa história, no início do ano, esses projetos tiveram que mudar um pouco, mas vou continuar. E ele, onde estiver, estará também ajudando da sua forma”, comentou Patrícia.

Até alguns minutos antes de se encontrar com a equipe do O DIÁRIO, Patrícia não sabia o tamanho da unidade. Para ela, seria um posto de saúde ou algo semelhante, e ver que a UPA ajudará muito mais pessoas do que ela imaginava. “Aqui pode ser o começo de algo muito importante, o primeiro passo dos projetos que tínhamos. A UPA será algo importante para a população, e espero que realmente ajude. Não quero que seja só o nome dele na parede, o importante é a ajuda, a assistência e o suprimento da necessidade que temos na cidade”, ressaltou. Mas, segundo Patrícia, não é só a assistência médica que deve ser de boa qualidade: ela espera que seja transmitido o carinho e o amor que Nathan tinha pelo próximo. “Vou acompanhar, como mãe, como será a UPA porque quero que passe aquilo que ele me ensinou. Que seja algo mais próximo, carinhoso, não só na relação com os médicos mas entre as pessoas aqui dentro. Não quero que seja só o nome dele na parede, mas que represente o que ele foi”, comentou.

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