terça-feira, 16 de novembro de 2010

434 ajudam jovem com Leucemia


Diogo Monteiro tem 14 anos e sofre de leucemia linfoblástica aguda, o cancro mais frequente nas crianças. O jovem de Sesimbra está à procura de doador compatível para transplante de medula que lhe salve a vida.

"Esteve quase dois anos com um tumor linfático e a doença evoluiu para leucemia", adiantou, ao JN, o pai Afonso Monteiro, frisando que o tratamento a que o filho foi submetido logo no início provocou-lhe também um acidente vascular cerebral que paralisou o lado esquerdo de Diogo. "Conseguiu recuperar disso e tem-se aguentado muito bem", realça.
Residente na Charneca da Cotovia, Diogo estuda na Escola Básica 2,3 de Santana, onde frequenta atualmente o 9º ano, tendo faltado todo o 3º período do ano lectivo devido ao diagnóstico de leucemia.
"Se for transplantado, o caso fica logo resolvido. Depois tem de ser é vigiado", explica o progenitor. Após ter sido confirmada a incompatibilidade de pai, mãe e irmã, Diogo, que faz regularmente tratamentos químicos pelo meio intravenoso, tem de encontrar um doador compatível.
Nesse sentido, os Bombeiros Voluntários de Sesimbra receberam anteontem uma brigada para inscrição de potenciais doadores de medula óssea, a que compareceram 434 pessoas. "Tivemos de fazer um reforço do material", adianta Susana Mendonça, do Centro de Histocompatibilidade do Sul, confessando esperar menor participação. "Foi superior ao que se estava à espera", confirma também Afonso Monteiro, agradecendo a resposta positiva da comunidade local ao pedido de ajuda feito.
"O Diogo é meu aluno e fiquei muito sensibilizada. Já era minha vontade ser doadora e isso fez-me deslocar até aqui para ajudá-lo ou a outras pessoas", disse, ao JN, Helena Almeida, de 35 anos. "Se nós podemos fazer o bem por alguém hoje, talvez amanhã possam fazer o mesmo por nós", refere Lígia Paixão, de 41 anos.
A preocupação com os problemas de saúde que podem surgir nas crianças levou mesmo José Arsénio, de 36 anos, a fazer a conservação das células estaminais do segundo filho. "Já estava a pensar em casos como este", diz o novo dador.
"Também tenho filhos e isto não custa nada", salienta Salvador Vidal, de 35 anos, acompanhado da mulher que não chegou a retirar sangue.
"Saio daqui frustrada, porque infelizmente não posso ser dadora por ter escoliose", lamenta Teresa Vidal, de 42 anos. "Ao doar a medula o fator crescimento que aplicam para compensar o dador vai-me dar dores terríveis", esclarece.
Fonte: "Jornal de Notícias"

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