quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

VIH: Primeiro caso de cura reportado


O caso, publicado na semana passada no jornal Blood, e divulgado agora pela CNN, diz respeito a um homem, seropositivo, que também sofria de uma forma aguda de leucemia. Os médicos anularam o seu sistema imunitário com doses altíssimas de quimioterapia e radiação, antes de o submeter a um transplante de células estaminais.
Na altura do transplante, Fevereiro de 2007, o paciente deixou de tomar a medicação contra o VIH. Treze meses mais tarde, depois de uma recidiva da leucemia, submeteu-se a uma nova ronda de tratamentos, a que se seguiu mais um transplante de células, provenientes do mesmo dador.
E aqui está um "pormenor" importante: as células estaminais do dador continham uma rara mutação genetica que as tornavam naturalmente resistentes à infeção por VIH.
Decorridos três anos e meio, sem medicação anti-retroviral, o homem não sofre nem de leucemia nem de infeção por VIH e o seu sistema imunitário parece funcionar com toda a normalidade.
O caso entusiamou os participantes na investigação, mas não tem o mesmo efeito em outros investigadores.
"Para receber as células doadas, ele teve de ficar sem sistema imunitário", argumenta, à CNN, Michael Saag, professor de medicina e diretor do Centro para a SIDA de Birmingham. "E os melhores candidatos para uma cura são, idealmente, pessoas saudáveis", sem leucemia.
"Não vai ser aplivável a não ser que [os doentes] desenvolvam leucemia ou linfona e precisem de um transplante de medula".
Este estudo, considera o professor, é a prova, no entanto, da teoria de que se forem eliminadas todas as células do corpo que estão a produzir o VIH e forem substituídas por células não infetadas, obtém-se uma cura.
Do diretor do Instituto norte-americano para as Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, chega mais um argumento: "Já é difícil encontrar uma boa compatibilidade para um transplante destes. Mas aqui temos de encontrar um dador compatível com este defeito genético e este defeito está presente em apenas 1% da população caucasiana e em 0% da população negra".

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