quarta-feira, 16 de maio de 2018

O poder da conexão humana




O cérebro empático configura no ser humano um despertar para as emoções e as necessidades alheias. É o resultado evolutivo da nossa socialização, um vínculo orientado a nos conectar para conviver em maior harmonia, resolver conflitos e garantir a nossa sobrevivência. A empatia é (ou deveria ser) essa habilidade com a que garantimos o nosso bem-estar.

Dizemos “deveria” por uma razão muito concreta. A maioria de nós sabe que a empatia nem sempre garante a ação humanitária. As pessoas são capazes de intuir e ler as emoções daqueles que estão diante delas, e isso é sem dúvida maravilhoso. Percebemos quem sofre, notamos o medo, lemos a angústia em outros rostos, etc. No entanto, depois de nos colocar no lugar do outro, nem sempre damos o passo para uma conduta sociável, nem sempre oferecemos ajuda


“Se você não tem empatia e relações pessoais efetivas, não importa o quão inteligente seja, você não vai chegar mui “Se você não tem empatia e relações pessoais efetivas, não importa o quão inteligente seja, você não vai chegar muito longe”.

- Daniel Goleman -


Assim, e tal como explicam neurologistas renomados como Christian Keysers, do Instituto de Neurologia dos Países Baixos, ainda sabemos muito pouco sobre o que foi rotulado como cérebro empático. O descobrimento dos neurônios-espelho, no final dos anos 90, por Giacomo Rizzolatti, nos fez acreditar, por um momento, que o ser humano havia chegado ao elo evolutivo que muitos quiseram batizar como homo empathicus.

No entanto, nosso comportamento continua sendo bastante individualista. A empatia nos induz a nos conectarmos entre nós, a sentir como nossas as emoções alheias. Ela nos oferece um poder extraordinário, já sabemos disso… E apesar de tudo, não a utilizamos com total efetividade. Tal e como nos lembram alguns cientistas, nos falta um comprometimento autêntico com a empatia, porque não basta só senti-la, ela também deve ser aplicada.


Coloquemos a empatia a nosso favor para avançar como espécie

O Dr. Ramachandran lembra que os neurônios-espelho significaram um salto genético fabuloso em nossa espécie. Assim, e apesar de muitos animais também terem capacidades empáticas, em nós estas células especializadas representaram um avanço sensacional e propiciaram o aparecimento da cultura, da sociedade e da civilização.


Nossa consciência se ampliou, nosso pensamento se tornou mais abstrato, e a forma de nos relacionarmos ficou mais sofisticada. Às vezes ela é cruel e violenta, já sabemos disso, mas também mais humana, e orientada a favorecer um maior bem-estar, uma ordem, um equilíbrio. O cérebro empático é, portanto, a essência das nossas relações sociais e, também, do nosso aprendizado, esse que, pouco a pouco, nos permitirá avançar na direção adequada.

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