Unimed faz campanha de doação de medula óssea amanhã

Dentro da Semana da Qualidade de Vida, a Unimed Litoral Sul realiza, nesta terça-feira, a quarta edição da Campanha de Doação de Medula Óssea. A campanha acontecerá das 9h às 16h, no Espaço Vida da Unimed (rua Aquidaban, 692). A ação ocorrerá em parceria com o Hemocentro de Pelotas, com um total de 120 cadastros.

Conforme a Unimed Litoral Sul, muitas pessoas necessitam de transplante de medula óssea e a chance de compatibilidade é de uma para 100 mil. A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

A médica hematologista Aline Kosinski, coordenadora da campanha, observa que muitas pessoas procuram o Espaço Vida com a intenção de serem doadores. "Queremos auxiliar a Rede de Doadores de Medula (Redome) a cadastrar cada vez mais possíveis doadores, com o objetivo final de salvar vidas”, destacou.

O Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.

Este tipo de campanha significa esperança para quem está precisando fazer um transplante de medula e depende de encontrar um doador compatível. É o caso de Ismael Gomes, de sete anos, do Rio Grande. De acordo com suas irmãs Juliana e Karine Gomes, de 23 e 25 anos respectivamente, o garoto tem leucemia desde os três anos e meio de idade e sua situação é delicada.

Ismael faz tratamento desde 2007 no Hospital Conceição, em Porto Alegre. "Ele já teve três recaídas e atualmente está hospitalizado, fazendo quimioterapia para se manter até conseguir um doador", relatam as irmãs. Elas explicam que há duas pessoas que podem ser doadoras, mas nenhuma delas tem medula 100% compatível com a do garoto. "O doador precisa ser 100% compatível, do contrário a possibilidade de rejeição é maior", observam.

A expectativa das irmãs de Ismael é de que esta campanha obtenha êxito e que seja encontrado o doador ideal para o menino. Elas destacam ainda que, além de Ismael, outras pessoas podem ser beneficiadas com a campanha.

Para cadastrar-se como doador voluntário de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar em boas condições de saúde e bem alimentado. O cadastro consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na coleta de sangue periférico para o teste de compatibilidade (tipagem HLA).

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br