sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tratamento de doentes com LMC apresenta melhorias



Iniciativa EUTOS acompanha a doença em toda a Europa

A capacidade dos clínicos monitorizarem e gerirem a Leucemia Mielóide Crónica (LMC) melhorou nos últimos dois anos, de acordo com novos dados apresentados recentemente em Barcelona, e na sequência da aplicação do European Treatment and Outcome Study (EUTOS).
Resultado de uma colaboração entre a European Leukemia Net (ELN) e a Novartis Oncology, o EUTOS - iniciativa única que teve início em 2007 - tem como objectivo melhorar a análise, o tratamento e o acompanhamento da LMC em toda a Europa.


O EUTOS para a LMC engloba quatro projectos-chave: o registo de doentes para controlar e melhorar a compreensão da incidência e o tratamento da doença, a monitorização molecular padronizada para avaliar o estado da doença, a realização de exames de sangue para optimizar a resposta ao tratamento e a partilha de conhecimentos clínicos para desenvolver campanhas educativas.

Rüdiger Hehlmann, da Universidade de Heidelberg, Alemanha e Chairman da European LeukemiaNet, referiu:
“Estamos encantados que, apenas dois anos após a sua introdução, o impacto da iniciativa EUTOS para a LMC esteja a ser visto e sentido em toda a Europa na padronização e melhoria da prática clínica. Os médicos são capazes de monitorizar a doença de forma mais eficaz e optimizar o tratamento”.

Hehlmann considera ainda que com este programa,
“os doentes de toda a Europa têm a garantia de que há monitorização e análise comparável para ajudar a melhorar a gestão da doença, independentemente do local onde vivam ou viajem”.

O registo do doente fornece uma fonte de informação única, em termos reais, sobre tratamento e resultados em LMC, referências de seguimento, dados sobre o tratamento e resultados obtidos por doentes de toda a Europa.
A resposta molecular ao tratamento é uma das metodologias mais sensíveis e tem sido desenvolvida para correlacionar as respostas citogénicas: medição do número de células com cromossoma Filadélfia positivo (responsáveis pela LMC na corrente sanguínea) e sobrevivência de progressão livre.

"Ao padronizar os resultados dos testes na Escala Internacional em todos os países, podemos assegurar que os resultados gerados são comparáveis e, portanto, significativos”, declarou Michele Baccarani, da Universidade de Bolonha, Itália, um dos principais investigadores.
"Há uns anos atrás, alguns doentes com LMC teriam sido incapazes de viajar por causa de uma falta de consistência nos testes de laboratório, mas agora que essas ocorrências estão a ser erradicadas, os pacientes são mais capazes de viajar livremente, sabendo que o seu progresso pode ser monitorizado de uma forma padronizada onde quer que estejam na Europa".

Além disso,
"os resultados de cada doente podem ser comparados com os resultados dos principais resultados clínicos da Europa, para assegurar que recebem o melhor do conhecimento clínico”.

Exames de sangue

A expansão e a validação de testes ao nível de imatinib no sangue são um elemento-chave do programa EUTOS para a LMC na ajuda à optimização da resposta ao tratamento. O teste, que tem lugar numa instalação central em Bordéus, ou em qualquer um dos 28 laboratórios já estabelecidos na Europa, é útil na detecção de factores que podem contribuir para a resposta dos doentes e é isento de custos (quer para os doentes, quer para os prestadores de cuidados de saúde).

ma crescente base de dados de medição de níveis sanguíneos do EUTOS para a LMC, pode fornecer provas que sustentem a incorporação de testes ao nível sanguíneo de imatinib, como parte da prática padronizada de gestão da LMC. A realização de testes regulares aos níveis sanguíneos é uma forma simples e eficaz de avaliar o tratamento do doente, podendo ajudar a melhorar os resultados.

"O programa EUTOS para a LMC tem registado avanços significativos nos poucos anos em que foi executado, oferecendo vantagens consideráveis na gestão e tratamento da LMC", referiu Guido Guidi, responsável da Novartis Oncology, Região Europa. A Novartis está comprometida com esta parceria única com a European LeukemiaNet, que “oferece uma abordagem de colaboração para melhorar a assistência ao doente, e antecipa a análise dos dados finais do programa”, concluiu.

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