segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Doação de órgãos é tema de audiência pública em Salvador

Ouvidoria pretende esclarecer a população negra e incentivar as doações
Está agendada para amanhã (28/7), no auditório do Centro de Cultura da Câmara, na cidade de Salvador, a audiência pública “A População Negra e a Política de Transplante de Órgãos e Doação de Medula Óssea”.
O evento, realizado pela Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, em parceria com o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC-BA), pretende conscientizar e estimular a doação de órgãos e medula óssea pela comunidade negra.

A abertura da audiência será com uma palestra do economista Alexandre Marinho, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sobre um estudo da sua autoria, em parceria com duas outras pesquisadoras, denominado "Desigualdade de Transplantes de Órgãos no Brasil: Análise do Perfil dos Receptores por Sexo, Raça ou Cor". A pesquisa analisou dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
O debate conta com a participação da vereadora Olívia Santana, que também é ouvidora-geral da Câmara. Ela pretende ampliar o debate sobre o assunto entre a comunidade negra baiana.
“Ainda há pouco esclarecimento sobre os transplantes de órgãos e principalmente de medula óssea. Queremos com esta audiência e com outras ações que iremos realizar, fazer com que as pessoas saibam mais sobre o tema e se disponibilizem a doar. Para isso, também contaremos com o apoio de organizações do movimento negro”, explanou.
Entidades negras, como os blocos afros Olodum e Ilê Aiyê, e a União de Negros pela Igualdade (Unegro) apóiam a realização do evento. Estarão presentes na audiência, os secretários estadual e municipal de Saúde, Jorge Solla e Gilberto José, além do vereador Jorge Jambeiro. Também foram convidados para compor a mesa, o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e coordenador do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome), Luís Fernando Bouzas, o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de Órgãos da Bahia (Coset), Eraldo Salustiano, o diretor da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), Roberto Schlindwein, e o presidente do GACC, Roberto Menezes.
Apesar de ainda ser considerado baixo, o número de doações de órgãos no Brasil foi recorde no ano de 2010, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). O saldo de 1.896 doadores representou um crescimento de 14%, em relação ao ano anterior. Esse crescimento, no entanto, não aconteceu na Bahia, que contribuiu com apenas 57 doadores no resultado nacional. Com relação à medula óssea, existem no Brasil cerca de 1.200 pacientes à espera de um doador compatível. O Redome conta com 2,2 milhões de doadores registrados e a Bahia contribui com pouco mais de 36 mil cadastros.
A Audiência Pública “A População Negra e a Política de Transplante de Órgãos e Doação de Medula Óssea”, será nesta quinta-feira (28/07), às 9h, no Auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal, Praça Thomé de Souza, Centro.

*Colaboração: Wellington Oliveira
Fonte: BrasilDiario

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