quinta-feira, 7 de julho de 2011

Polícia intima médicos para dizer quem perfurou pescoço de Luana


Diretor de hospital será o primeiro a prestar depoimento; Conselho Regional de Medicina também abre sindicância para investigar profissionais do HB envolvidos em procedimento de doação de medula que matou doadora de 21 anos

A equipe médica do Hospital de Base envolvida no procedimento para a coleta de medula óssea que resultou na morte da estudante Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, foi intimada na quinta-feira (7) para dar explicações à Polícia Civil.
Luana morreu na segunda-feira. Ela iria doar a medula para salvar a vida de uma criança do Rio de Janeiro que tem leucemia.
Os depoimentos começam hoje. “Quero saber porque essa jovem chegou viva ao HB e saiu morta”, disse o delegado João Lafayete Sanches, responsável pela investigação do caso.
O primeiro a ser ouvido será o médico Otávio Ricci, hematologista responsável pelo Serviço de Transplante de Medula do HB. Em entrevista coletiva anteontem, Ricci admitiu que a estudante morreu por causa de uma hemorragia no pulmão, que teria sido perfurado pelo cateter colocado no pescoço de Luana para a coleta de células da medula.
A direção do hospital se negou a informar ao BOM DIA quem teria feito a perfuração. Na segunda-feira está previsto o depoimento da médica Érika Rodrigues Pontes, que atendeu Luana quando ela retornou ao hospital com hemorragia e morreu.
O BOM DIA tentou falar com Érika na quinta, por telefone. Mas ela não quis comentar o assunto. “Qual é o seu objetivo? É acabar com minha pessoa ou com a doação de medula?  Eu não sou nenhuma criminosa. Como é que você liga na minha casa. Isso é uma invasão de privacidade”, disse a médica à repórter.
Também deve ser ouvida a médica que fez a perfuração, que a família de Luana identifica apenas como Márcia. O
BOM DIA apurou que ela seria residente no hospital. O Conselho Regional de Medicina também vai investigar qual foi a responsabilidade dos profissionais do HB na morte de Luana. De acordo com o conselho, se for comprovado erro, o médico poderá até perder o registro profissional.

Fonte: BomDia

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