terça-feira, 29 de março de 2011

Doadores se mobilizam para salvar vidas


Doe vida em vida. Esse foi o lema da quarta edição da Campanha de Cadastramento de Doadores de Medula Óssea realizada no dia 26 de março, no Sesi de São Bernardo, no bairro Assunção. O evento foi organizado pela Ameo (Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo).

Durante todo o dia, 945 pessoas se cadastraram para doar uma amostra de sangue de dez miligramas, que posteriormente será analisada para avaliar a compatibilidade com o receptor. Atualmente, 1.035 pessoas aguardam pelo transplante no Brasil.
Ao chegarem ao ginásio onde trabalharam 150 voluntários, os possíveis doadores era organizados em grupos e recebiam orientações sobre a importância da doação em palestras que duraram cerca de uma hora.

Para Juliana Moura, organizadora do evento, o principal obstáculo de quem está na fila de espera é justamente achar um doador compatível. "No Brasil, há miscigenação e a situação fica mais difícil. A mistura é atípica. É preciso achar uma genética muito semelhante para ser um doador, por isso os irmãos de mesmo pais têm 25% de chances de serem compatíveis", explicou a coordenadora, que mora em São Bernardo.

A experiência de Juliana com o filho Breno, que morreu com 4 anos em 2010, foi decisiva para a criação da campanha, que teve a primeira edição em 2007.

A criança esperou pelo transplante por quase toda a vida. "Resolvi transformar a dor em amor. Tenho certeza de que a missão dele era promover a conscientização. A proposta é continuar a salvar vidas. Esse é o objetivo da campanha e foi o melhor jeito que encontrei para celebrar a vida dele", disse Juliana, que chegou a ter outros dois filhos para tentar encontrar um doador compatível com Breno.

ADESÃO
O clima era de animação entre os possíveis doadores, que levaram famílias e convidaram amigos para participar do dia de solidariedade. "Soube da campanha por e-mail e repassei para alguns conhecidos. Já encontrei umas dez pessoas aqui. As pessoas precisam colaborar. Receber o transplante de medula é como ganhar na Mega-Sena. Mas sou eu que me sentirei vencedor por salvar uma vida", orgulhou-se o vendedor José Carlos Garcia, 38 anos, de São Bernardo.
Já a estudante Thais de Almeida, 22, saiu de Santo André para colaborar com o banco de dados e criticou a falta de informação das pessoas. "A maioria acha que o médico vai enfiar uma agulha enorme na coluna, por isso tem medo. Esse mito precisa acabar."

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