quarta-feira, 27 de abril de 2011

Brasileiro ajuda a salvar vida com doação de medula óssea

Em fevereiro deste ano, o baiano Nivaldo Neto se internou em um hospital da Flórida para fazer um gesto que pode salvar a vida de uma paciente de câncer.

Um dos maiores dramas de pacientes que sofrem de leucemia é a dificuldade em encontrar um doador compatível. Todos os anos cerca de 14.600 pessoas com idade entre 0 e 65 anos, poderiam se beneficiar de um transplante de medula óssea. Nem todos conseguem a tempo.

Mas para o baiano Nivaldo Neto, 24, residente da Flórida há 11 anos, uma destas vidas será salva. Depois de assistir a palestra de um dos funcionário da Icla da Silva Fundation, em 2008, ele ficou tocado com a situação dos pacientes e decidiu se cadastrar no banco de dados da fundação. Três anos depois Nivaldo foi surpreendido com a notícia que ele era compatível com um paciente de leucemia.

“Foi em fevereiro deste ano. Eu estava trabalhando quando uma funcionária da Icla da Silva me ligou dizendo que tinham a possibilidade que eu fosse compatível com uma pessoa”, explica Nivaldo. “Ela me perguntou se eu gostaria de prosseguir com o processo. Aceitei na hora”, diz ele.

Nivaldo foi levado para fazer coleta de sangue para determinar se a compatibilidade realmente existia. “Quando a gente se cadastra, a única coisa que fazemos é passar um cotonete na boca. O exame de sangue é para comprovar de fato a compatibilidade”, disse.

Três semanas depois ele recebeu a notícia de que era 100% compatível com a paciente. Uma série de exames se seguiu para determinar se Nivaldo estava com saúde normal para o transplante. Os testes incluíram exames físicos, raio-x e eletrocardiograma. Cinco dias antes do transplante, foi aplicado em Nivaldo uma injeção com um remédio para multiplicar a medula óssea no corpo. “Eu tomei três injeções por dia durante cinco dias antes da doação. Isso era necessário para que tivesse o suficiente para doar e para ficar no meu corpo”, relata o brasileiro.

No caso de Nivaldo, o transplante não foi cirúrgico. O processo, semelhante ao tratamento de hemodiálise, não é dolorido. “Dizem que cada caso é diferente. No meu caso eu não senti dor, apenas um incômodo na hora de colocar as agulhas. Uma aonde sai o sangue, que passa por uma máquina, e outra aonde entra. Durou três horas e 40 minutos”, diz.

Mas para Nivaldo, o processo de doação não é nada comparável ao problema que um paciente de leucemia passa. Ele ainda incentiva as pessoas a se cadastrarem. “Para quem doa é apenas um incômodo que dura três horas e pouco, mas para quem recebe é a chance de viver”, diz.

Apesar da ação, ele não quer levar os créditos. “Eu não salvei uma vida. Fui apenas um instrumento usado por Deus para ajudar uma pessoa. Quem salvou foi Deus”, finaliza Nivaldo.

Ele ainda não sabe para quem foi a doação, exceto de que se trata de uma mulher. Essa informação somente é levada ao conhecimento do doador um ano após o transplante.

Quem desejar se cadastrar no banco de dados de doadores, poderá fazer encontrando em contato com a fundação Icla da Silva pelo telefone (888) 638-2870 ou www.icla.org.

Breno da Mata - Comunidade News

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