quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cientistas querem identificar mutações celulares que provocam a leucemia linfóide aguda

A leucemia linfóide aguda é um tipo de cancro infantil que surge devido a uma série de alterações genéticas. Cientistas do Hospital Pediátrico de St. Jude, nos EUA, estão agora empenhados em determinar quais as alterações genéticas responsáveis pelo seu desenvolvimento, para que, no momento do diagnóstico, seja mais fácil decidir qual o tratamento e determinar a probabilidade de recaída do doente, avança o site Genoma Web, citado pela Fundação Rui Osório de Castro.

Nos últimos anos, os especialistas deste hospital têm centrado a sua atenção em perceber a natureza do conjunto de células cancerígenas presentes no momento do diagnóstico e da recidiva da doença.

O autor principal do estudo lembra a importância de perceber se, quando o doente é diagnosticado com leucemia linfóide aguda, cada célula tem a mesma mutação ou há subpopulações de células que podem ter diferentes alterações genéticas, avaliando ainda se isso influencia a forma como estas se comportam.

A investigação encontrou diferenças nos perfis genéticos nestas duas fases distintas (diagnóstico e recidiva). "A maioria dos doentes, quando diagnosticados, tinham vários conjuntos de células no seu corpo, algumas das quais mais resistentes à quimioterapia”.

Um outro estudo recente do Hospital Pediátrico de St. Jude, realizado em colaboração com investigadores da Universidade de Toronto e do Instituto de Cancro de Ontario, no Canadá, forneceu evidências de que as células de leucemia iniciais ramificam-se em subtipos diferentes, o que pode ditar o prognóstico e o resultado do tratamento.

Os cientistas explicam que “algumas dessas alterações só podem estar presentes em níveis extremamente baixos no momento do diagnóstico", pelo que defendem a possibilidade de identificar essas mesmas alterações a fim de permitir uma abordagem mais específica do tratamento.

As dificuldades podem agora passar por criar tecnologias capazes de detectar mudanças estruturais e mutações sequenciais a níveis muito reduzidos, refere o artigo da revista Nature.

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